1 em cada 3 jovens portugueses disponível para emigrar em 2020

Um em cada três jovens trabalhadores, entre os 18 e os 24 anos, ou seja 34%, mostra disponibilidade para ir trabalhar para o estrangeiro já em 2020. A percentagem aumenta (44%) quando não se coloca um horizonte temporal tão próximo.
Segundo dados recolhidos pela consultora Hays, os nativos digitais, ou Geração Z, mostra a mesma propensão para emigrar que a geração anterior Millennials, nascidos entre 1981 e 1994. A disponibilidade para emigrar é maior entre os Baby Boomers (33%), nascidos entre 1946-1964, do que na Geração X (28%), nascidos entre 1965-1980. A partir de 1995, os jovens preferem sair de Portugal do que se mudarem de zona no país, embora apenas 12% o admitem.
Entre os destinos de eleição estão Estados Unidos, Espanha e Alemanha. À medida que a idade aumenta, surgem na lista de preferências outros locais, como Reino Unido, Angola ou Austrália.
Entre os nativos digitais há ainda alguns benefícios laborais valorizados: trabalhar a partir de casa (72%), o seguro de saúde (72%) e a flexibilidade de horários (70%).
A Hays analisou as tendências no mercado laboral português, através de 855 inquiridos de quatro gerações diferentes.
Segundo a directora da empresa, Paula Baptista, “as gerações mais recentes estão mais predispostas para uma mobilidade internacional do que qualquer outra geração, pois nasceram num mundo digital e sem barreiras geográficas”. “Conceitos como o ‘gap year’, onde a pessoa tira geralmente um ano sabático para poder viajar, conhecer novas culturas e línguas, ou fazer voluntariado, são cada vez mais uma tendência entre os jovens”, finalizou.
