15 dias de luta por 15 cêntimos de aumento nas senhas

Os estudantes da Universidade do Minho (UM) vão aliar-se à campanha nacional “Aumento só se for no financiamento”. Ao longo das próximas duas semanas, estudantes de todo o país vão organizar uma série de iniciativas contra o aumento do valor das senhas da cantina. Desde o início de Outubro que as senhas custam mais 15 cêntimos do que no ano lectivo anterior, ou seja, têm o preço de 2.65€.


Isac Valente, estudante de Mestrado em Arqueologia, explicou à RUM que a campanha vem no seguimento da que decorreu no ano passado, que reivindicava “mais e melhor acção social”, convocada por várias associações de Lisboa e do Porto. Agora, de 17 a 31 de Outubro, há uma nova campanha: 15 dias de luta por 15 cêntimos de aumento. Nos campi de Azurém e Gualtar, realiza-se um protesto no dia 26 de Outubro e, já no dia 19, haverá uma acção de protesto e de divulgação nas cantinas.


Os estudantes reivindicam um espaço para discutir o tema, daí terem organizado, na passada semana, reuniões nos campi de Gualtar e Azurém. Em Braga, a sessão contou com a presença do presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Bruno Alcaide.

Ana Ramoa afirmou que “haverá uma Reunião Geral de Alunos (RGA) extraordinária na próxima semana”, situação que não foi confirmada pelo presidente da AAUM. “A reunião surgiu precisamente pela falta de um espaço onde se discuta o aumento. Deveria ter sido convocada uma RGA no momento e, por isso, realizamos a reunião à margem da associação , porque o assunto tem que ser discutido por todos os alunos”, afirmou Ana Ramoa, estudante da UM. 


A aluna lembra que os estudantes conseguiram “chegar a acordo que o grande problema do Ensino Superior é a falta de financiamento”. “Os custos «caem nas costas» dos alunos. Temos conhecimento de alunos que desistem porque não têm possibilidade de pagar tudo”, lamenta a estudante.

O estudantes dizem não ter forma de comportar mais custos. “Vamos continuar a mobilizar mais gente para a luta. Não podemos ficar à espera. O presidente da AAUM deu como possibilidade a reversão parcial do aumento, mas o que nós exigimos é que não haja aumento, porque os alunos não têm mais possibilidade para suportar mais custos de frequência do Ensino Superior”, afirmou.


Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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