2 milhões para musealizar Carvalheiras até 2020

A Universidade do Minho e o Munícipio de Braga assinaram, hoje, um protocolo de valorização, musealização e de visita da área arqueológica das Carvalheiras. O projecto visa a musealização das ruínas, a criação de um centro de interpretação e a recuperação da área envolvente das Carvalheiras. Março de 2020 é a data apontado pelas entidades para a conclusão deste empreendimento que terá um custo de aproximadamente 2 milhões de euros.

Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, confirmou que para este projecto a autarquia vai concorrer a fundos comunitários, mas garante que se esses fundos não forem aprovados, o munícipio “assume” as despesas. O autarca reforçou, na sua intervenção, que esta assinatura é um momento de “reafirmação de vários compromissos políticos” por parte do actual executivo e o resultado de uma parceria “contínua” e “profícua” com a Universidade do Minho. 

“É um compromisso com o conhecimento, nós temos tentado não desperdiçar o conhecimento existente na nossa cidade em várias dimensões. Para além disto, existe também uma vertente de compromisso para com o património da cidade”, disse.

Rui Vieira de Castro, Reitor da Universidade do Minho admitiu estar “satisfeito” com o acordo que “materializa” cada vez mais a “colaboração” e o “aprofundamento de relações” com o munícipio de Braga. Um protocolo que cria um “novo conhecimento” e alarga o conhecimento já existente nesta área, mas também “valoriza” o território que é uma matéria que a Universidade dá “especial” atenção.

Já a Vice Reitora, Manuela Martins explicou que este protocolo “resulta em ganhos significativos para a cidade” como a criação de um núcleo museológico, um centro de interpretação que vai transmitir a história que é conhecida até hoje da Bracara Augusta e também uma área jardinada onde, eventualmente, poderão decorrer eventos. Manuela Martins chama a esta iniciativa um “três em um” sendo o um a assinatura do protocolo e os três o desenvolvimento destas estruturas.

O Director Regional da Cultura do Norte, António Ponte, “felicitou” o modelo utilizado pela autarquia e pela Universidade do Minho na concretização deste projecto. “Este projecto enquadra-se no espírito de trabalho da Direcção Regional da Cultura que é a cooperação institucional, sendo que o Município enquanto responsável pelo espaço físico e a Universidade responsável pelo modelo operativo de investigação e valorização. Penso que este cruzamento é muito relevante”, concluiu.  

Recorde-se que haverá uma apresentação formal do projecto ao público que poderá acontecer entre os meses de Junho e Julho de 2019.