20 anos da Estratégia Nacional da luta Contra a Droga celebrados na UMinho

A Universidade do Minho recebe a 13 de Novembro as comemorações dos 20 anos da Estratégia Nacional da luta Contra a Droga. A efeméride é assinalada em todo o país com conferências, colóquios e reflexões sobre a temática.

Na região Norte, o palco das comemorações será em Braga, que vai receber o colóquio “20 anos da Estratégia Nacional da luta Contra a Droga: Passado, Presente e Futuro”.

Cândido da Agra, Júlio Machado Vaz e João Goulão estiveram na origem da delineação desta Estratégia e, 20 anos depois, estarão em Braga para assinalar a data. Cândido da Agra falará sobre “a mudança do paradigma do consumidor, estava centrado na substância e criminalização e passou a olhar-se mais para os consumidore, de forma mais humanista”, explicou Jorge Tinoco, presidente da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência de Braga. Seguir-se-á Júlio Machado Vaz numa percpectiva mais voltada para a comunicação social e para “o seu papel na altura, que terá trazido ao de cima um probelma que nos anos 90, provavelmente, estaria a tentar esconder-se”.

Já João Goulão, Diretor-Geral do SICAD e Coordenador Nacional para os Problemas da Droga, das Toxicodependências e do Uso Nocivo do Álcool, vai abordar novas soluções para as dependências e “falará sobre as várias etapas de uma história que continua em aberto”. “Estamos ainda todos a trabalhar para melhorar e encontrar mais soluções até para novos problemas que vão surgindo, novas dependências, até sem substâncias, como a internet”, acrescentou Jorge Tinoco.


Em Braga, aumentaram consumidores de cannabis mas diminiuíram os das drogas pesadas 


No que diz respeito à realidade bracarense,” nos últimos anos” contam-se, por ano, “mil e muitos processos”. “Em 2017, chegamos perto dos 1500”, desvendou o presidente da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência de Braga. “Os casos chegam através das forças de segurança, que apanham alguém a consumir ou com substâncias para consumo, fazem o auto, notificam e as pessoas comparecem. Faz-se o trabalho com toda a tramitação processual da contra-ordenação sempre na lógica centrada na pessoa e de dissuasão dos consumos”, explicou Jorge Tinoco.


Segundo o presidente da Comissão, “nos últimos cinco anos tem havido aumento, sobretudo, nos consumidores de cannabis”,pelo menos pelo número de processos que chegam, “mas as entidades têm tido uma sensibilidade muito interessante”.

As comissões pretendem trabalhar, sobretudo, numa lógica de sensibilização e ajuda. “A pessoa vem aqui não tanto para ser punida, mas para ser elucidada sobre os efeitos das substâncias”, acrescentou Jorge Tinoco.

Braga é quarta comissão, a nivel nacional, que conta com mais processos, algo que, para o presidente, “tem que ver com a população e a actividade das forças de segurança”.

Os autos, disse ainda Jorge Tinoco, estão mais ligados aos “consumidores de haxixe e cannabis do que propriamente nas ditas drogas mais pesadas”. “Não tem havido tantos casos como havia há uns anos ao nível dos consumidores de heroína, que têm diminuído, pelo menos pelos autos que nos chegam”, comentou.

A Universdade do Minho recebe, a 13 de Novembro, o colóquio “20 anos da Estratégia Nacional da luta Contra a Droga: Passado, Presente e Futuro”.

A sessão arranca às 9h, no auditório da Escola de Engenharia.

A sessão é gratuita, mas carece de inscrição através do e-amil jorge.ferreira@sicad.min-saude.pt. 

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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