4.0, a primeira revolução com Portugal na linha da frente

“Esta é a primeira revolução industrial em que Portugal pode partir no pelotão da frente”. Esta foi a mensagem frisada pelo Primeiro Ministro António Costa, na apresentação da segunda fase do programa Indústria 4.0, que teve lugar na Universidade do Minho, no campus de Azurém, com o apoio das entidades promotoras do programa: Cotec Portugal e o IAPMEI.

Um programa que pretende estimular o crescimento económico e social através da transformação digital massificada do tecido empresarial. Um objectivo suportado pelo envolvimento de mais de 50 entidades públicas e privadas, que contribuíram para a definição de três linhas orientadoras: generalizar, capacitar e assimilar. 

Desta forma será possível alcançar 20 mil empresas, formar 200 mil trabalhadores e financiar 350 projectos transformadores. Isto através de um financiamento de 600 milhões de euros para dois anos.

Primeiro Ministro, António Costa, a encerrar a apresentação da segunda fase do programa Indústria 4.0

Portugal pode estar na crista da onda com a indústria 4.0

Durante o discurso, o Primeiro Ministro frisou que “esta é a primeira revolução industrial onde Portugal pode partir, efectivamente, na linha da frente”, já que conta com a geração mais qualificada que alguma vez teve. António Costa sublinhou que os portugueses têm de ser capazes de “surfar” esta onda da inovação, uma vez que é a primeira onde “não temos a oportunidade de não a agarrar”. 

“Se não a agarrarmos só nos podemos culpar a nós próprios”, sendo que Portugal conta com um “sistema científico robusto e é capaz de desenvolver novo conhecimento”, defendeu.

Segundo António Costa, esta segunda fase do programa indústria 4.0 é o melhor caminho para atingir os objectivos do país. “Temos um programa que tem 600 milhões de euros, 11 medidas e três eixos fundamentais. Tudo para chegar, de facto, aos 200 mil trabalhadores e conseguir 350 projectos transformadores. Porque se de facto conseguirmos, vamos alcançar o objectivo, que é o de aumentar 1.8% o valor do nosso PIB, o que nos permite dar o salto para a convergência com a União Europeia”. 

Primeiro-ministro a conhecer alguns dos projecto na  Feira da Indústria do Futuro da UMinho.


Apenas 25% das empresas em Portugal estão em fase de maturidade digital

O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, revelou que Portugal ainda tem um vasto caminho pela frente no que toca a modernizar as empresas. De acordo com o ministro, existem 400 mil empresas em Portugal, sendo que apenas 25% estão em fase de maturidade digital, ou seja, tem de existir um trabalho mais massificado com as outras 75%.

Pedro Siza Vieira anunciou a abertura de um “programa de formação-acção” que conta com o montante de 70 milhões de euros para apoiar “programas de formação profissional nas empresas para as competências necessárias para este novo paradigma”.

Também esta terça-feira, o Governo lançou “um sistema de incentivo à qualificação” num total de 21 milhões de euros para a “capacitação das empresas”.  

Da esquerda para a direita:  Secretário de Estado da Economia, João Correia Neves. Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro. Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, CEO do grupo DST, José Teixeira. Primeiro Ministro António Costa. Jorge Portugal da COTEC e vereador do Desenvolvimento Económico e Guimarães, Ricardo Costa.

Os passos da UMinho no caminho para o futuro que está a ser construído

Rui Vieira de Castro, anfitrião do evento, aproveitou o seu discurso para enumerar alguns dos avanços da academia minhota no horizonte da indústria 4.0, destacando os laboratórios colaborativos e estágios dos alunos da UMinho em empresas da região. No entanto, o ponto central foi o projecto I9G, construído em conjunto com a Câmara Municipal de Guimarães.

“É um projecto que pretende induzir a evolução para um quadro de uma indústria fortemente digitalizada e conectada com fornecedores e clientes, bem posicionada nas cadeias de valor de produzir serviços, com tecnologias competitivas, com elevados padrões de qualidade e com impacto ambiental tendencialmente nulo”, explicou o reitor.

Em síntese, Rui Vieira de Castro afirma que este projecto visa “desenvolver e centrar” a indústria no trabalho dos recursos humanos altamente qualificados.

UMinho assina protocolo e integra “Shift to 4.0”


Recorde-se que a Universidade do Minho passou a integrar o “Shift to 4.0”, um projecto desenvolvido pelo ISQ e que consiste na aplicação de uma ferramenta de autodiagnóstico da maturidade digital das empresas. Esta ferramenta permite analisar as dificuldades e o estado das empresas, face aos desafios da transformação digital promovidos pela Indústria 4.0. 

O programa permite identificar oportunidades, ensinar boas prácticas, introduzir ferramentas e executar medidas e acções para tornar as empresas tecnologicamente mais avançadas, sobretudo as PME, durante o seu percurso na transformação digital e reforço de competências nesta área.

A sessão foi também o momento escolhido para homenagear João Vasconcelos, antigo secretário de Estado da Indústria e apelidado como o “pai das startups” em Portugal.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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