Praxe torna-se solidária e leva o Natal ao centro de Braga

É com o espírito natalício bem vincado que mais de uma centena de estudantes do curso de Medicina se juntaram esta quinta-feira em plena Avenida Central para uma praxe solidária. Encarnaram figuras do presépio e entoaram músicas de Natal numa iniciativa que já vai na sua 7ª edição e que visa recolher fundos e bens alimentares para serem entregues, neste ano, às Oficinas de S. José.
Bruno Sousa, o presidente da Comissão de Praxe de Medicina explicou à RUM que a iniciativa é “uma praxe organizada que já é uma tradição”. “O objectivo é juntar os caloiros, estar no centro de Braga e ajudar ao espírito natalício, ao mesmo tempo que se ajuda uma instituição da cidade”, esclareceu o estudante que esta tarde acompanhou os colegas numa iniciativa diferente do habitual. Até porque desmistificar algumas das ideias mais negativas criadas em torno da praxe é, igualmente, outros dos objectivos da iniciativa: “Grande parte das vezes o que transparece é tudo o que de mal acontece, todos os problemas que ocorrem e isto ajuda a mostrar às pessoas que a praxe faz sentido e que conseguimos fazer algo melhor, a cada dia, com a praxe”.
“Esta iniciativa também permite o desenvolvimento de um cariz humano, incutindo a solidariedade e o acto de fazer o bem pelo próximo, fulcrais na formação de futuros médicos”, assumiu Bruno Sousa.
56 “caloiros” e cerca de 70 “doutores” juntaram-se neste que foi um momento que imediatamente centrou as atenções de centenas de pessoas que passavam na praça central da cidade bracarense.
No total foram mais de 100 os que, ao som de “Jingle Bells”, “All i want for Christmas is you”, “Last Christmas” e outras músicas natalícias, formaram um momento de praxe solidária.
No ano passado foram recolhidos mais de 600 euros e vários quilos de alimentos e ainda produtos de higiene que reverteram para a Cáritas Braga.
Os bens serão depois entregues às Oficinas de S. José, instituição que tem desenvolvido ao longo dos anos um trabalho na ajuda de crianças, que como consequência de problemas económicos, sociais ou jurídicos, os pais se vejam impedidos de cuidar delas.
