CMB recusa ceder terrenos ou instalações para a PJ

A Câmara Municipal de Braga (CMB) recusa ceder terrenos ou edifícios próprios para a instalação de um futuro edifício da Polícia Judiciária (PJ) de Braga.
Esta segunda-feira, à margem da reunião do executivo municipal, o vereador Carlos Almeida (CDU) questionou Ricardo Rio sobre o assunto. Ora, o autarca deixou vincada a posição do município nesta matéria de que a CMB “não vai ceder terrenos, não vai ceder instalações, porque não os tem e porque não é a sua obrigação”. “Não podemos ter o Estado a exigir contrapartidas da CMB para todo e qualquer activo que nós queiramos utilizar em benefício público”, insitiu o edil bracarense que quer o Governo a cumprir com as funções que lhe cabem.
O autarca respondia ao vereador do PS, Artur Feio, que esta manhã admitiu que para impedir a saída da PJ de Braga o município deve estar disponível, em última instância, ceder terrenos ou instalações próprias ao estado central. “Ceder um espaço, ajudar à identificação de um espaço alternativo. No passado o PS conseguiu arranjar soluções e recordo o terreno que foi doado aos bombeiros. A Câmara tem bastante património e deve ajudar naquilo que for possível”, defendeu o socialista. Ricardo Rio sublinhou que essa possibilidade “não faz sentido absolutamente nenhum”.
Já o vereador da CDU, Carlos Almeida, está ao lado de Ricardo Rio. A CMB “não deve abdicar da necessidade de manter este serviço na área do concelho, mas que não haja qualquer tipo de cedência”. Para Carlos Almeida, as declarações da secretária de estado aos jornalistas na semana passada soaram a “uma espécie de chantagem” feita “de forma leviana”.
Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Braga já enviou uma carta ao Primeiro Ministro para discutir o futuro da Polícia Judiciária e manifestar desagrado com as declarações da secretária de estado adjunta e da Justiça.
Áudio:
Declarações de Ricardo Rio(Pres.CMB), Artur Feio (PS) e Carlos Almeida (CDU)
