Uber em Braga.Taxistas sentem-se injustiçados

Surpresa, injustiça e desilusão são as primeiras reacções dos taxistas de Braga com a chegada da Uber à cidade.

Alertando para a legalidade duvidosa do exercício desta empresa no nosso país, os taxistas de Braga discordam daquilo que consideram ser uma “concorrência injusta”.

Muitos recusaram gravar declarações aos microfones da RUM, mas o sentimento é generalizado: A Uber não deve operar em Portugal porque se apresenta, neste momento, como uma concorrência injusta face às obrigações dos taxistas junto do Estado.

Visivelmente desiludidos com a chegada da Uber à terceira cidade do país, dizem não entender a postura do Governo sobre esta matéria. “Os nossos seguros estão a ficar caríssimos e eles não têm nada. Daqui a pouco chegarão mais e nós sabemos que isto não está bem, mas não podemos fazer nada. O próprio Governo diz que vai fazer, mas não faz”, referia esta manhã um taxista da Estação Ferroviária de Braga.

Nos restantes pontos da cidade, opiniões semelhantes. “Acho mal. Se lhes exigissem tudo o que nos exigem a nós é logico que estou de acordo com a concorrência, mas isso não é o que está a acontecer”, acrescentava um taxista na central de camionagem. Também a aguardar pela chegada de clientes à central de camionagem, outra profissional do ramo lamentava a situação reconhecendo até “surpresa” pela novidade anunciada ontem pela Uber. “Nem quero pensar muito, vamos ver como as coisas se vão proceder no futuro”.

As afirmações de Ricardo Rio a saudar a chegada da Uber à cidade de Braga também não deixaram indiferentes alguns profissionais. Na Avenida Central, outro taxista relembrava os protestos da classe um pouco por todo o país, defendendo  que “a Uber não faz falta nenhuma em Braga”.