“Feira do Livro precisa de envolver comunidade escolar”

O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal de Braga (CMB) defende uma Feira do Livro mais moderna, integrando os novos formatos de leitura, e descartando um modelo de mero “mercado do livro”.

Promover a escrita e a leitura envolvendo a comunidade escolar, o movimento associativo ligado à cultura, e integrando no certame outras áreas ligadas à cultura e às artes são ideias defendidas pelo candidato socialista, que organizou as feiras do livro de Braga entre 2009 e 2013, enquanto administrador do Parque de Exposições de Braga (PEB).

O socialista visitou a Feira do Livro de Braga este fim-de-semana onde ouviu diferentes expositores, assinalando, entre os reparos deixados pelos mesmos, a necessidade de reforço da promoção do certame. “A promoção da feira precisa de ser mais eficaz. É verdade que a feira está no centro de Braga, onde há muita passagem de público, mas é preciso continuar a divulgar a feira por toda a cidade, que não pode ficar indiferente a um evento desta natureza”, defendeu.

Miguel Corais discorda da coincidência de datas com a Feira do Livro de Barcelos, mas não critica a realização do Mimarte em simultâneo. O candidato defende mais animação e actividades atractivas e culturais durante a Feira do Livro de Braga. Por isso, defendeu que o Mimarte pode ser aproveitado nesse sentido, dependendo, ainda assim, da localização. “Em vez de competir um evento com o outro, podem ser duas actividades a acrescentarem-se uma à outra criando um efeito de sinergia”, sugeriu, recordando o exemplo da Feira do Livro de 2013 onde foi organizada a 1ª edição do Festival de Teatro Amador.

Feira do Livro de Braga num espaço fechado deve ser hipótese a avaliar


A localização actual da Feira do Livro de Braga – Avenida Central – em plena altura de calor tem sido alvo de críticas por parte de alguns expositores e no final da edição deste ano, a câmara de Braga reconheceu a hipótese de equacionar uma nova alteração para a próxima edição. Sobre esta matéria, Miguel Corais afirma que é preciso decidir com os agentes envolvidos, mas assume para Braga “uma política de eventos que seja descentralizada, e não fazer os eventos nas praças principais”. 

Sobre a data, admite que a mesma, tendo em conta o local actual provoca desconforto devido ao calor. Ainda assim, sublinha que com o reforço do orçamento na Feira do Livro associado a “uma boa promoção e um bom envolvimento das várias instituições”, o local “passa a ser indiferente” desde que integre as apresentações de livros e todos os eventos culturais. É neste ponto que o candidato do PS admite que com “um novo PEB, com as questões climatéricas bem resolvidas, se poderá retornar a feira do livro num espaço fechado, integrar o modelo tradicional com outras tecnologias, promovendo a escrita, envolvendo as várias instituições e criando no mesmo espaço uma sensação de uma festa da cultura”. 

Argumentos que, ainda assim, “exigem o reforço do orçamento da cultura e o esforço na formação de públicos e na sensibilização de todas as gerações para a importância da cultura” ao longo de todo o ano, reiterou.

Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv