Luto e Marcha Nacional pelas vítimas de violência doméstica

Esta quinta-feira e sexta-feira a União de Mulheres Alternativa e Resposta realiza duas acções de sensibilização para recordar as mulheres assassinadas, vítimas de violência doméstica.

Neste dia 7, Dia de Luto Nacional pelas Vítimas de Violência Doméstica, a UMAR apela às mulheres e a todas as pessoas para que vistam uma peça de roupa preta. Manuela Tavares, membro da Direcção da UMAR, diz que se trata de um “acto simbólico” de sensibilização da sociedade portuguesa para o “flagelo” da violência contra as mulheres e que vai ser seguido de uma mobilização feminista que pretende encher as ruas no dia 8 de Março. 

A acção vai decorrer em vários pontos do país, com destaque para as cidades de Braga, Porto, Viseu, Coimbra Lisboa e Funchal. Para além do luto, a mobilização de dia 8 de Março serve para reivindicar muitos outros direitos das mulheres. 

“Eu acho que as pessoas estão muito sensibilizadas para estas questões da violência e de certo que vão corresponder no dia 7. Já no dia 8 de Março, faça sol ou fala chuva, eu acho que vão estar na rua muitas mulheres nas diversas cidades do país, porque é esta maré feminista de contestação e indignação que precisamos”, defende aquela responsável. 

Em Braga, a manifestação “Greve Feminista Internacional”, organizada pela Rede 8 de Março juntamente com a UMAR Braga, começa às 18h00 desta sexta-feira, na Avenida Central.

“A primeira questão a ser abordada deve ser a questão judicial”

A dirigente adiantou que o sistema judicial português age de forma “lisógena” e “sexista” quanto às sentenças que são dadas aos autores destes actos de violência. 

Posto isto, a prevenção quanto a este tema deve “começar” nas escolas, o sistema judicial deve ser “alterado” e as penas devem ser “mais gravosas” e bem aplicadas a todos os praticantes destes crimes.