UMinho baixa propinas. Para Nuno Reis “o valor ainda é alto”

A Universidade do Minho vai reduzir o valor das propinas, seguindo o Orçamento de Estado para 2019. A confirmação surgiu na reunião do Conselho Geral desta segunda-feira, que decorreu na reitoria da UMinho. 

O Governo estipulou que as propinas no ensino superior não podem ser superiores a duas vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) que, neste momento, é de 435,76 euros, mais 6,86 euros do que no ano passado. Uma redução que surge assim como obrigatória para as instituições de ensino superior públicas.

Esta segunda-feira, no Conselho Geral que decorreu na reitoria, no Largo do Paço, o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, realçou que a medida significa “uma redução objectiva das propinas”. Os estudantes do primeiro ciclo e mestrado integrado pagavam, no ano lectivo 2018/2019, o montante total de 1037,20 euros. No próximo ano lectivo vão passar a pagar 872 euros, ou seja, menos 162,20 euros. Nos mestrados não organizados como sequência formativa de um primeiro ciclo, os valores podem oscilar entre os 1250 e os 1750 euros. Já para os estudantes que frequentam doutoramentos, o valor será de 2.750 euros.


No que toca aos estudantes internacionais, vão aplicar-se dois valores. No caso de alunos que frequentem grau de licenciado e ciclos de estudos integrados conducentes ao grau de mestre na Escola de Arquitectura, Escola de Ciências, Escola de Engenharia, Escola de Psicologia e Escola Superior de Enfermagem, o valor da propina fixa-se em 6.500 euros. Para os estudantes dos ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado na Escola de Direito, Escola de Economia e Gestão, Instituto de Ciências Sociais, Instituto de Educação e Instituto de Letras e Ciências Humanas, a propina será de 4500 euros. De fora destes parâmetros está a Escola de Medicina, sendo que esta não acolhe estudantes internacionais.

Para o representante dos estudantes, Nuno Reis, este continua a ser um valor “demasiado alto para as famílias portuguesas”

O representante dos estudantes da UMinho, Nuno Reis manifestou o seu desacordo em relação à medida. Para o aluno do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, este “não foi um processo bem gerido, desde logo porque não assumiu a integridade institucional que merecia”.

Nuno Reis sublinha que em momento algum “as Associações Académicas, o CRUP – Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, as Instituições de Ensino Superior ou o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos” foram auscultados sobre a problemática. O estudante frisa que todos “foram apanhados desprevenidos com a notícia”. Deste modo, Nuno Reis manifesta-se “contra este valor”, uma vez que considera ser “demasiado alto para aquelas que são as economias das famílias portuguesas”.

Áudio:

O reitor, Rui Vieira de Castro, a dar nota das alterações. Já o representante dos estudantes no Conselho Geral, Nuno Reis, assume-se contra decisão, uma vez que os parceiros institucionais não foram ouvidos.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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