BE de Barcelos sugere eleições intercalares

Depois do Partido Social Democrata e do Movimento independente em Barcelos, o BE local também se associa ao coro de críticas à continuidade de Miguel Costa Gomes na presidência da Câmara Municipal, em prisão domiciliária e vigilância electrónica. O autarca de Barcelos é suspeito de crimes de corrupção passiva e prevaricação. Depois do pedido de demissão e de um outro pedido para a convocatória de uma Assembleia Municipal extraordinária com todas as forças políticas, o BE vai mais longe nas exigências e sugere a realização de eleições intercalares em Barcelos.
Num comunicado enviado às redacções, e depois de conhecidas as medidas de coação aplicadas pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto no âmbito da Operação Teia, o BE de Barcelos, liderado por José Mário Cardoso “considera impensável e insustentável uma câmara ser gerida à distância por via eletrónica ou telefónica, até porque nada se sabe se a medida é transitória ou por quanto tempo perdurará”. Os bloquistas consideram ainda que “o exercício de cargos públicos, neste caso acrescido por ser presidente de câmara, não é compatível com a suspeição de crimes como os que lhe estão imputados”.
Feita a contextualização, o BE Barcelos requer a “imediata suspensão ou renúncia de Miguel Costa Gomes e consequente remodelação da vereação. Caso esta reestruturação não esteja assegurada nem se afigure como viável, até porque dossiês estruturantes para o concelho têm estado sob alçada exclusiva do presidente – acordo de concessão da água e saneamento, negócio das PPP’s, corredor da linha de muito alta tensão, entre outros – devem-se realizar eleições intercalares quanto antes, dando voz ao povo para fazer as suas escolhas até final do mandato”, pode ler-se na nota publicada.
Os bloquistas terminam salientando que “a solução para esta lamentável situação deve ser encontrada no mais breve tempo possível, de modo a atenuar os efeitos nefastos para os barcelenses”.
