Atentado abala França com eleições presidenciais à porta

Está identificado, segundo o jornal Le Monde, o presumível autor do ataque da noite de quinta-feira na Avenida dos Campos Elísios, em Paris: Karim Cheurfi, um homem de 39 anos natural de Livry-Gargan, em Seine-Saint-Denis, arredores da capital francesa. Foi abatido a tiro o atacante que matou um agente policial e causou ferimentos graves a outro.

O autor do ataque de quinta-feira em Paris, reivindicado pelo Estado Islâmico, tinha sido detido em fevereiro por ameaças contra a polícia tendo sido libertado à posteriori.

A informação foi dada à Associated Press por duas fontes oficiais francesas, sob anonimato por não terem sido autorizadas a pronunciarem-se publicamente sobre o ocorrido quinta-feira em Paris.

Referiram que o autor do atentado foi detido no final do mês de fevereiro após ter verbalizado ameaças contra a polícia. Posteriormente foi libertado por falta de provas.

A procuradoria de Paris informou esta sexta-feira ter detido para interrogatório três familiares do atacante.

Entretanto, as autoridades belgas esclareceram hoje que o homem belga implicado por suspeitas de ligação ao tiroteio desta quinta-feira à noite em Paris e que, entretanto, se entregou não está relacionado com o atentado nos Campos Elísios.

“Esse homem veio à polícia ontem à noite depois de se ver aparecer nas redes sociais como o principal suspeito relacionado com os factos de ontem”, informou um procurador belga na cidade de Antuérpia, citado pela agência Associated Press, que recusou ser identificado.

O mesmo responsável deixou claro que o homem “não faz parte de uma investigação de terrorismo”.

O próprio ministro belga da Justiça, Koen Geens, afirmou esta manhã ao canal belga de televisão VRT que, no momento das suas declarações, não havia “qualquer informação” sobre a ligação entre os dois casos.

Esta manhã, o porta-voz do Ministério francês do Interior, Pierre-Henry Brandet, citado pela emissora “France Info”, disse que um suspeito tinha sido sinalizado pelos serviços secretos belgas às autoridades francesas depois do ataque de quinta-feira, em que um polícia foi morto e dois ficaram feridos antes de o autor dos disparos ser abatido pelas forças de segurança.

Brandet sublinhou também ser “demasiado cedo” para dizer se esse homem estaria “muito ou pouco” ligado aos acontecimentos nos Campos Elísios, acrescentando haver ainda “um conjunto de informações a verificar”, sendo que a investigação francesa não se permitia “fechar qualquer porta”.

No mesmo sentido, um porta-voz do Ministério Público belga disse à AFP que “a única coisa” que podia dizer à hora em que foi interrogado, “9:15 desta manhã”, é que não havia “ligação entre esse acontecimento [o tiroteio em Paris] e a Bélgica”, ainda que “o inquérito [belga] prossiga em estreita colaboração com os investigadores franceses”.

O ataque ocorre a três dias da primeira volta das eleições presidenciais em França, em que a segurança é um dos temas em destaque, após vários ataques terroristas no país nos últimos anos.

Com RTP e SIC Notícias

Redação
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