“Podia ter ido mais longe”. A análise do PCP ao OE’18

Reformular postos territoriais da GNR, melhorar as condições das escolas do distrito, reforçar as unidades de saúde e requalificar os bairros da IHRU são problemas identificados no distrito de Braga, mas que “continuam sem resposta”. Carla Cruz, deputada do PCP eleita pelo círculo de Braga, garante: “o PCP colocou esses temas no debate do Orçamento do Estado (OE) 2018”. O que vai ser feito e o que ficará por fazer pauta o discurso da deputada que não duvida que o “OE 2018 podia e devia ter ido mais longe”. Reconhece que o OE contem medidas “que dão resposta às necessidades das pessoas”, mas culpa o governo socialista de “limitar algumas que ajudariam no desenvolvimento económico e social do país”, destacando alguns assuntos que têm que ver com o distrito de Braga.

Administração Interna, saúde e educação são alguns dos sectores que continuam com “respostas insuficientes”, muito devido ao pouco “financiamento e atenção dado pelo governo”. Três problemas centrais numa lista onde cultura e preservação da natureza também têm espaço. Em Guimarães, a urgente reformulação dos postos da GNR de Guimarães, Lordelo e Taipas há muito que aguarda aval positivo do governo. A deputada adianta ainda que “havia uma promessa por parte da ministra da Administração Interna” para a intervenção nesses postos, mas que durante o ano de 2017 “nada foi feito”.

A Universidade do Minho também mereceu destaque no discurso de Carla Cruz. Os quase 124 milhões de euros transferidos para a Academia Minhota são “insuficientes para investir nos equipamentos e para contratar mais pessoas”. Carla Cruz apoia-se no discurso de investidura do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro para garantir “que a academia precisa de um quadro de pessoal renovado”. As verbas também cresceram para o Instituto Politécnico do Cávado e Ave em mais de 10%, com um financiamento a rondar os 13 milhões de euros. “Estes aumentos correspondem ao objectivo de valorizar o ensino superior público, pelo qual o PCP se bate desde sempre”, reitera.

A conservação da natureza, designadamente das bacias hidrográficas, a preservação do património cultural e o financiamento para a Plataforma das Artes – 300 mil euros para os próximos três anos através da DGARTES- são preocupações do PCP, mas também problemas identificados pelos cidadãos e pelos agentes culturais. “Foi-nos dito em reunião que precisavam [Plataforma das Artes] de financiamento. O estado deve, via OE, assegurar verbas que permitam a manutenção do espaço”.

A requalificação dos bairros sociais do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana é outro dos problemas levantados pelo PCP. O partido comunista dá principal destaque ao bairro da Emboladoura, na freguesia de Gondar, que “há várias décadas necessita de uma requalificação profunda”. O caso foi apresentado ao Ministério do Ambiente, mas ainda aguarda resposta. “É um bairro que necessita de obras, mas não é o único”.

Na saúde, Carla Cruz afirma que o PCP propôs a eliminação das cativações e a isenção dos doentes crónicos de taxas moderadoras. Salienta que todas as propostas sobre saúde servem para reforçar os serviços. O mesmo se aplica ao reconhecimento das carreiras dos enfermeiros, assunto “sempre defendido pelo PCP, pois deve-se reconhecer o trabalho de todos os profissionais, independentemente da área de profissão”.

Áudio:

Deputada diz que governo não cumpriu promessa de requalificar postos da GNR de Guimarães

Paulo Costa
Paulo Costa

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv