Braga e Ourense: duas regiões, uma exposição

Braga e Ourense propõem, até dia 6 de Maio, uma viagem no tempo, mais precisamente entre os séculos IV e VI. A exposição “In Tempore Sueborum: O tempo dos Suevos na Gallaecia”, que pode ser vista em três locais distintos de Ourense (Centro Cultural “Marcos Valcárcel”, Igreja Santa María Nai e no Museu Municipal), já contou com cerca de 40 mil visitantes desde a abertura (a 15 de Dezembro) e inclui peças vindas de 32 museus de 10 países distintos, incluindo objectos do acervo dos Museus D. Diogo de Sousa e Pio XII, na cidade dos arcebispos.
Esta exposição é dedicada ao primeiro reino medieval no Ocidente, o chamado Reino Suevo, e que teve Braga como sua capital entre os anos 411 e 585. José Manuel Baltar Blanco, presidente da Deputación de Ourense, disse que esta exposição serve para demonstrar que “não existem fronteiras” entre as duas regiões que sustentaram o Reino Suevo. “Esta exposição é uma lição para a sociedade de que é possível desenvolver um projecto conjunto desta envergadura”, disse.
Braga e Ourense: ligação de séculos
Ao todo, são 262 peças de ouro, granito, cerâmica e prata que compõem esta exposição. Jorge López Quiroga, comissário desta exposição, fala num trabalho monográfico “complexo” e que traz uma “nova perspectiva” sobre uma época importante para estas duas regiões da Península Ibérica.
De Portugal seguiram 83 objectos (correspondem a 1/3 de todas as peças desta exposição), dos quais cerca de metade pertencem ao Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa. Isabel Silva, directora desse espaço museológico bracarense, reforçou a ideia de que esta exposição demonstra que “não existem fronteiras entre estas duas regiões”.
Ricardo Rio, presidente do município bracarense, disse que esta exposição serve para elucidar os bracarenses de uma época importante da história da cidade. “Temos valorizando bastante o período Romano e Barroco e nunca demos a devida atenção ao período Suevo e acreditamos que (a exposição) é um excelente contributo para que os bracarenses se sintam mais informados sobre este período da nossa história”, afirmou.
Em relação à vinda da exposição para Braga, Ricardo Rio disse que “essa é uma possibilidade que ainda tem de ser discutida” porque significa “um esforço significativa de dezenas de parceiros”. “Se tivermos condições para tal, gostaríamos de propiciar, tão cedo quanto possível, uma iniciativa do género na nossa cidade”, concluiu.
Áudio:
José Manuel Baltar Blanco, presidente da deputación de Ourense, Jorge López Quiroga, comissário da exposição, Isabel Silva, directora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, e Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga (CMB), falam sobre a exposição
