UC com leitura diferente do CRUP sobre alunos internacionais

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Cunha, considera “exagerado” dizer que são os impostos pagos pelos portugueses que financiam os estudantes estrangeiros nas universidades portuguesas, como sugeriu o vice-reitor da Universidade de Coimbra , em entrevista à TSF esta quinta-feira.
Com cada vez menos estudantes portugueses e uma legislação que desde 2014 facilitou muito a entrada de alunos que vêm para Portugal fazer cursos completos, as universidades competem, cada vez mais, pela captação de alunos estrangeiros.
Na Universidade do Minho, por exemplo, dependendo do curso, o custo anual para o aluno estrangeiro vai de 4500 a 6500 euros.
Confrontado com as declarações de Joaquim Ramos de Carvalho, que disse que há universidades a baixarem o valor das propinas à custa dos impostos dos portugueses, António M. Cunha pediu um pouco mais de cautela, por se tratar de uma realidade nova. O também Reitor da Universidade do Minho recordou que “o custo é baseado no pagamento de uma propina que deve ter em conta os custos associados à formação desse estudante”. Ora, as universidades “são autónomas na fixação desse valor que deve ter em conta o custo que o estudante representa para a instituição”, esclareceu.
O vice reitor da Universidade de Coimbra referiu hoje que os portugueses estão a financiar com impostos estudantes estrangeiros.
A Universidade de Coimbra diz que lei sobre as propinas nas universidades públicas para alunos estrangeiros não está a ser cumprida, numa altura em que há cada vez mais estudantes vindos de fora.
Numa entrevista à TSF sobre o fenómeno do aumento de estudantes brasileiros em Portugal, Joaquim Ramos de Carvalho explicou que não têm dúvidas que a legislação nesta área não está a ser cumprida e os “impostos dos portugueses estão a pagar a educação dos outros”.
