Agere não mexe nos tarifários em 2019

O tarifário de água e saneamento não vai sofrer qualquer alteração em 2019 no concelho de Braga. A proposta de congelamento de valores foi aprovada, em sede de reunião de câmara esta segunda-feira, apesar das críticas do vereador da CDU e dos vereadores do Partido Socialista.
Carlos Almeida lamenta que a Agere não prossiga com o ciclo de redução de valores iniciado há dois anos. Já os socialistas voltaram a perguntar pelo contrato de gestão delegada da Agere. Artur Feio acusa a administração da empresa e o município de Braga de “continuar a enganar” os bracarenses.
O vereador da CDU lamenta que “o caminho tenha sido interrompido” defendendo que “era preciso aprofundar esse caminho de redução tarifária”, considerando por isso que “não devia ter sido interrompido nesta fase”.
A ERSAR exige que o tarifário dos resíduos urbanos não seja por escalões, daí o lançamento de um novo estudo por parte da empresa anunciado também pelo seu administrador.
Já os socialistas voltaram a perguntar pelo contrato de gestão delegada que se aguarda há já cinco anos. Artur Feio diz que os bracarenses e a oposição “estão a ser consecutivamente enganados”, notando que o processo “está estagnado”. “A maior fonte de rendimento do município continua a ser escondida porque o contrato de gestão leva a que haja uma impossibilidade legal de que o contrato seja aprovado por via dos juros propostos. Por outro lado, o parecer da ERSAR levantava questões de ordem de saúde pública, nomeadamente com as descargas para o rio Cávado e continua-se a falar da nova ETAR de Merelim, só possível com fundos comunitários, porque o município não tem dinheiro e não forma de se financiar”, atirou o vereador socialista.
“Não vamos reduzir para depois aumentar dando a desculpa da ETAR” – Rui Morais
Rui Morais, presidente do conselho de administração da Agere justifica o congelamento do tarifário com os investimentos previstos e avisa que a nova ETAR vai avançar “mais cedo ou mais tarde, com ou sem fundos comunitários” porque se trata de uma necessidade urgente. “Não vamos reduzir o tarifário para depois dizer que vamos aumentar o tarifário por causa da ETAR. Mantemos a política de redução desde que não ponha em causa os investimentos”, esclareceu.
O administrador da Agere corrigiu ainda o vereador socialista, alertando que a ERSAR “não impõe nada, apenas dá pareceres”.
Áudio:
Carlos Almeida, Artur Feio e Rui Morais
