Braga vai formar consórcio para gerir património monumental

O Parlamento Europeu decidiu estipular 2018 como o Ano Europeu do Património Cultural. A cidade de Braga disse “presente” e olha para o património romano de Bracara Augusta como valor que merece ser preservado. Braga, cultura e turismo formam um triângulo que o presidente da câmara municipal, Ricardo Rio quer evidenciar na cidade ao longo de 2018.

A política de valorização do património cultural bracarense parece ganhar forma com o avanço de um consórcio público-privado que terá a responsabilidade de fazer a gestão e promoção do património arqueológico de Bracara Augusta. A ideia não é nova, mas só em 2018 é que foram reunidas condições, sobretudo financeiras, para a ideia sair do papel. A Câmara Municipal de Braga não está sozinha na elaboração do projecto que conta com o apoio de várias instituições do distrito, como é o caso da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. No campo financeiro, a iniciativa não se fará apenas de dinheiros do município, até proque o vereador do património da autarquia, Miguel Bandeira “espera reunir apoios por parte do mecenato e dos agentes económicos da cidade”. Em 2018, serão investidos mais de 400 mil euros, num plano orçado em cerca de seis milhões de euros até 2020.

Mas estão ainda inscritas na lista das obras de salvaguarda algumas rubricas que vão para lá do consórcio público-privado. Relevar o romano como um vector de promoção patrimonial de Braga, assim como o barroco, é um objectivo. Olhar para “a musealização da Ínsula das Carvalheiras, para a Domus Sé e Fonte do Ídolo” é obrigatório, quando o objectivo é fazer do património uma atracção da cidade de Braga. No caso do edificado romano da Ínsula das Carvalheiras, os projectos designados vão arrancar com financiamento da câmara municipal. A intenção da autarquia é, “o mais rapidamente possível”, colocar o espaço ao dispor do público. O quarteirão de Bracara Augusta deverá ser musealizado dentro de dois a três anos.

No plano de obras que vai além da arqueologia, o Media Arts Center, espaço que vai integrar as actividades de Braga enquanto cidade das Media Arts, assim como os Caminhos de Santiago, também vão ser intervencionados. No primeiro caso, tudo indica que será no Cinema São Geraldo que irá nascer um conceito que conjuga diversos espaços com valências várias, desde espaços expositivos a incubadoras criativas. Para isso, a câmara municipal contará com o apoio de fundos comunitários da Associação de Desenvolvimento de Terras Altas do Homem do Câvado e do Ave. “Não é só o município que está envolvido neste processo. Há uma série de entidades, como é o caso do Theatro Circo, que vão ajudar a destacar Braga no plano do Ano Europeu do Património.

Fotografia: Adriano Miranda (Público)

Áudio:

Miguel Bandeira revela que a iniciativa conta com o apoio de várias instituições

Paulo Costa
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