Funcionárias da ACCIONA queixam-se de “pressão e repressão”

Repressão, pressão e a não aplicação de cláusulas do contracto de trabalho são algumas das denúncias que as funcionárias de limpeza fazem contra a empresa ACCIONA.
No início da tarde de hoje, em frente às instalações da BOSCH, um grupo de funcionárias acusou um supervisor de “repressão e pressão” no local de trabalho e esperam uma intervenção por parte da direcção da empresa face a estes comportamentos.
Aos jornalistas a Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios Serviços de Portugal (CESP), Ana Paula Rodrigues, explicou que as funcionárias reivindicam a “aplicação” por parte da empresa das cláusulas existentes no contrato de trabalho e também a intervenção nos “comportamentos discriminatórios” por parte da chefia destas funcionárias.
Este é já o segundo plenário. No primeiro foi aprovado um abaixo assinado para que a direcção diligenciasse medidas que visavam avaliar e acompanhar o comportamento do supervisor.
“O sindicato fez já chegar algumas reivindicações relativamente ao contrato que não está a ser acautelado nem aplicado às trabalhadoras. Até à data eles mantêm a sua posição, portanto avizinha-se possivelmente um processo judicial”, avisou.
“O supervisor falava de uma maneira que só nos faltava bater, não tinha era autorização para isso”
A delegada sindical da ACCIONA, Olívia Ferreira, exemplificou o tratamento do supervisor ao dizer que as reuniões eram feitas sob “ameaças” e que a maneira “bruta” como falava indicava que “só não batia nas trabalhadoras porque não tinha autorização para isso”.
“Todos nós temos direito a vinte e dois dias de férias por ano. Se eu precisar de um dia de férias, por exemplo para a semana, eu peço, ele a mim nega-me mas se outra colaboradora pedir, ele cede. Ele dá mais depressa a quem não é sindicalizado, acho que se trabalhamos todos na mesma empresa merecemos todos os mesmo direitos”, reforçou.
Áudio:
Ana Paula Rodrigues, Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios Serviços de Portugal e Olívia Ferreira, delegada sindical da ACCIONA.
