Liga Portuguesa Contra o Cancro de Braga “despejada”

A delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro vai ser despejada das actuais instalações, caso não abandone o local até ao dia 6 de Maio. O presidente da união de freguesias diz que em causa está o valor investido para manter a delegação naquele espaço.


Desde 2013 que a Liga está instalada na Junta da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade. De acordo com as declarações proferidas pela Coordenadora da delegação de Braga aos microfones da Universitária, o espaço deverá ser utilizado para outros fins e actividades da junta.


Ora, Maria de Fátima Soeiro acusa o presidente da junta de União de Freguesias de “falta de sensibilidade” apesar de reconhecer que este “tem a legalidade do seu lado”. Neste momento, a Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro acompanha cerca de 70 utentes, e “sem o apoio da autarquia ou de outra entidade os serviços não podem continuar”, avisa.


Entretanto, esta sexta-feira de amanhã, a coordenadora foi contactada pela Câmara Municipal de Braga para na próxima quinta-feira, 14 de Fevereiro, reunir com o vice-presidente da autarquia bracarense e juntos encontrarem “uma luz”. Fátima Soeiro parte sem expectativas para este encontro e reconhece a necessidade de encontrar uma solução “definitiva para a liga”. 

A coordenadora aponta como uma das soluções mais viáveis a integração no projecto “Balcão Único Social” pensado pela Junta de Freguesia de S.Victor que tem como objectivo integrar “todos os serviços”, acrescentou. 


União de Freguesias suporta facturas “que podem chegar aos 1.500 euros por mês”, Luís Pedroso.

O presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade alerta para o facto de ter de “zelar pelos direitos públicos” uma vez que a Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro está, neste momento, a ocupar três salas no edifício da antiga sede da Junta de freguesia da Sé “a custo zero”.


Luís Pedroso explica que quando tomou posse fez “um levantamento cuidadoso de todas as associações com sede no edifício” que descreve como “extraordinariamente caro”, uma vez que as facturas da água, luz e limpeza são pagos pela junta. Recorde-se que o edifício acolhe, também, o Tribunal Arbitral de Braga.

O presidente da união de freguesias alerta que colocou a possibilidade à delegação de Braga da Liga Portuguesa de Contra o Cancro desta pagar uma mensalidade de 100 euros, de modo a ajudar com as despesas avultadas. Segundo Luís Pedroso, a resposta foi “pura e simplesmente não”, contou.

Aos microfones da RUM, o presidente fez uma pequena estimativa dos custos globais acarretados pela junta que, nestes meses de inverno, “podem chegar aos 1.500 euros”. Uma vez que a junta tem ainda de tratar da manutenção do elevador utilizado no edifício, a despesa é “insuportável”.

“Nós autarcas temos de gerir os dinheiros públicos como se fosse a nossa casa. Não pode dar lucro mas também não pode dar prejuízos”, alerta. Luís Pedroso afirma que esta temática já foi discutida em reunião de executivo, e que por isso “não se trata apenas de uma questão do presidente da União de freguesias, mas sim do executivo”.

Áudio:

Declarações da Coordenadora, Fátima Soeiro e do autarca da União de freguesias, Luís Pedroso sobre a situação da Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv