velha-a-branca vê Confiança como espaço de cultura

A velha-a-branca quer envolver a sociedade e os partidos políticos a pensar a reabilitação da Fábrica Confiança para fins culturais. Luís Tarroso Gomes, da velha-a-branca, volta a ser uma das vozes críticas a insurgir-se contra aquilo que parece ser um novo facto consomado: Ricardo Rio, actual presidente e candidato pela coligação Juntos por Braga admite, no novo programa eleitoral, alienar a antiga Fábrica Confiança a privados. O autarca assume que sem fundos comunitários o município não poderá intervir no espaço ao longo dos próximos anos. O facto de ter recebido várias propostas de compra com um preço superior àquele pelo qual a câmara adquiriu a antiga saboaria é outro factor em cima da mesa.
A poucos dias de os bracarenses conhecerem o novo presidente da Câmara Municipal de Braga, multiplicam-se as vozes contra a possibilidade de alienação, e a velha-a-branca quer estar na linha da frente. Luís Tarroso Gomes começa por afirmar que “é possível e é importante colocar à discussão da cidade o que é que se pode fazer na Confiança, e o passo nesse sentido foi explicar a ideia aos candidatos”. A velha-a-branca desafiou as cinco candidaturas a ouvirem as suas propostas, apenas a coligação Juntos por Braga declinou o convite, os restantes reuniram nestas duas semanas de campanha.
Para aquele advogado, “a velha-a-branca pode desempenhar o papel de dinamização cultural da fábrica, de promover a reabilitação”. Se a câmara diz que não tem dinheiro, a velha a branca propõe-se a “iniciar o processo de transformar a Confiança num espaço cultural”, promovendo a discussão de ideias e propostas.
Luís Tarroso Gomes, que foi também uma das principais vozes na luta pela aquisição do S. Geraldo por parte da câmara, afirma que esse exemplo comprova que há alternativa à alienação já admitida por Ricardo Rio. “A experiência do S. Geraldo diz-nos que demora a construir uma alternativa quando as entidades públicas não estão disponíveis para o fazer. A velha-a-branca não consegue iniciar o processo de reabilitação para a semana, o que pode é reunir um conjunto de entidades e de pessoas interessadas neste projecto de criação de um grande espaço criativo e cultural na Confiança”, concluiu.
