PSD critica atraso na candidatura das Nicolinas a Património

O PSD quer as Festas Nicolinas como Património Cultural Imaterial da Humanidade. O processo iniciou-se em 2005, com vários apelos políticos e comunitários, tendo já sido realizado um estudo nesse sentido. A reivindicação foi reiterada esta segunda-feira pelo vereador do PSD, André Coelho Lima.


O primeiro passo para a candidatura é a inscrição das Festas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, prometido pela autarquia em 2014. Ainda assim, o município inscreveu nesse mesmo Inventário a produção dos doces tradicionais de Guimarães “Passarinhas e Sardões”.


O social-democrata diz não compreender a atitude camarária quando, desde 2005, Guimarães luta pela candidatura das Festas Nicolinas a Património Imaterial. “Apesar de tanta dificuldade e gastos com este processo, envolvimento político e comunitário, até hoje as Festas nem sequer estão inscritas no Inventário Nacional”, lamentou. Não desvalorizando a tradição de Santa Luzia, André Coelho Lima diz que a inscrição “é surpreendente”.


O autarca Domingos Bragança terá assegurado, em 2014, a inscrição das Festas Nicolinas no Inventário Nacional, lembra André Coelho Lima. “A Março de 2014, o presidente de Câmara, Domingos Bragança, confirmou ter-se decidido inscrever as Festas no Inventário – o primeiro passo para uma abertura da candidatura – e um processo de reflexão entre todos e que a aturaquia vai promover. Dois compromissos que ficaram por cumprir”, lembrou.


Recorde-se que, em 2014, foi apresentado o Estudo Antropológico sobre as Festas Nicolinas, liderado pelo antropólogo Jean-Yves Durand, que deu conta de algumas dúvidas relativamente à candidatura, nomedamente as alegadas praxes na Comissão de Festas e a falta de conhecimento das Festas nos concelhos vizinhos. André Coelho Lima diz que o parecer técnico não deve pôr fim à ambição. “Quando as dúvidas foram levantadas, o presidente de Câmara manifestou a intenção de inscrever as Festas no Inventário. Há potencialidades e temos que respeitar o trabalho técnico, mas isso não pode retirar a ambição da candidatura”, frisou.

Foi a intervenção da Assembleia Municipal de Guimarães, em 2005, junto da Assembleia da República, que pôs fim aos entraves políticos de candidaturas portuguesas a Património Imaterial da Humanidade, de acordo com André Coelho Lima.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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