CMB estará “pouco receptiva” ao regresso do Braga Jazz

O município bracarense não se tem mostrado receptivo ao regresso do Braga Jazz. A acusação é feita pelo director da Escola de Jazz de Braga (EJB), criada há cerca de um ano. Esta terça-feira houve eleições para a direção da EJB. Um dos objectivos do recém eleito presidente da direcção, Richard Okkerse, é fazer regressar o Braga Jazz, cuja última edição aconteceu há seis anos. Na altura, o município bracarense anunciou o fim do festival justificando com ausência de público e elevados custos.

Após várias reuniões com o executivo de Ricardo Rio, o músico perdeu a esperança numa possível parceria com o município para a organização do festival. “Infelizmente, a Câmara Municipal não tem sido muito aberta nem receptiva”, lamentou. A Escola estará agora a ponderar conversações com a Arquidiocese de Braga. “No fundo, o que nos falta é capital para conseguir assegurar o investimento inicial. Continuamos com esperança de, no próximo ano, conseguir alguma coisa”, admitiu.

A justificação da autarquia teve que ver com a existência de oferta musical idêntica na cidade, explica Richard Okkerse. “Tivemos mais que uma reunião com a vereadora da cultura e com o Presidente de Câmara. Ainda que tenham dito que gostavam muito da nossa iniciativa, não deu nada. Disseram que já existia no gnration programação de jazz”, explicou.


Richard Okkerse terá explicado à autarquia que a programação de jazz existente em Braga não agrada à maior parte dos músicos de jazz, “por ser muito experimental”. “Acho que não é uma maneira de cativar mais público para o jazz. Para cultivar musicalmente os bracarenses, é preciso ir mais devagar com jazz mais mainstream e mais fácil de se ouvir, mas que não deixa de ser jazz na sua forma pura”, explicou.


Com as eleições autárquicas à porta, o presidente da direcção da Escola de Jazz de Braga admite ter alguma esperança na mudança. “Se mudar o executivo, depois das eleições autárquicas, vamos voltar a falar. Perdi a esperança com quem esta à frente da Câmara Municipal neste momento. Vai haver eleições e pode ser que melhore”, referiu.

Entretanto, contactada pela RUM, a vereadora da cultura na Câmara de Braga garantiu que o município mantém diálogo com todos os interessados em realizar projectos, desde que sejam credíveis. Num programa de prioridades, alguns projectos estavam mais avançados que outros, como o evento Why Not Jazz, adiantou Lídia Dias. Ainda que não tenha havido disponbilidade este ano para realizar o Braga Jazz, não siginifica que no futuro não exista, disse a responsável.

Mafalda Oliveira
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