“Renda a pagar não é assim tão exagerada”, diz João Pires

Muito se falou das rendas a pagar pelo município de Braga à Arquidiocese para a utilização do edifício Pé Alado e S. Geraldo, mas João Pires, presidente da União de Freguesias de S. José de S. Lázaro e S. João do Souto, explica que analisando bem o contrato entre as duas partes, o município não será prejudicado e a renda “não é assim tão exagerada”. Na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, João Pires explicou o contexto.

No total, pelos dois edifícios, a renda mensal será de 12 mil euros. João Pires lembra que ao fim de dez anos o município fica com opção de comprar, pagando mais um milhão e trezentos mil euros. Por isso, o autarca da união de freguesias diz que “a fazer a conta ao que a CMB vai pagar de rendas e aquilo que vai receber de rendas entretanto pagas, a renda a pagar não é assim tão exagerada como à primeira vista possa parecer”.

A mudança de instalações era uma ambição com 21 anos, tantos quanto João Pires é presidente em S. Lázaro. Cumprido esse objectivo antigo, o autarca disse ontem que está preparado para se retirar da corrida no final do presente mandato e dar lugar a gente mais jovem. A união de freguesias já devia estar em pleno funcionamento no edifício Pé Alado, mas alguns desafios durante o projecto adiaram a mudança, que agora estará “por semanas”. “Tivémos que arranjar uma hipótese de adaptar o Pé Alado, as obras foram decorrendo desde o Verão passado, houve um ou outro problema de adaptação, o edifício não tinha as mínimas condições de segurança, sobretudo contra incêndio, e agora temos o edifício quase pronto e penso que nas próximas semanas vamos ter oportunidade de mudar para lá”, justificou João Pires.

O novo espaço permitirá àquela união de freguesias disponibilizar mais valências para os habitantes. “Vai permitir espaços para atender os beneficiários do RSI, candidatamo-nos ao IEFP para instalação de um Gabinete de Inserção Profissional, vai ser criado um grupo de voluntariado e, eventualmente a seguir uma loja social para atender muitas das situações que neste momento a freguesia não tinha hipótese de atender”, explicou.