Representantes dos estudantes ao SE vão a votos

É já no próximo dia 28 de novembro que vão a eleições as listas candidatas para representar os estudantes no Senado Académico (SE) da Universidade do Minho (UMinho). Vão a votos duas listas, encabeçadas por Nuno Reis e Bruno Gonçalves, respectivamente.
Valor das propinas continua na “ordem do dia”
Pela Lista A, Nuno Reis, actual vice-presidente do departamento recreativo da Associação Académica, garante que a luta contra o aumento do valor das propinas terá de ser uma das “grandes batalhas” ao longo do próximo mandato. “É preciso manter uma posição bastante intransigente quanto ao aumento do valor das propinas. Acreditamos que esse aumento deve ser rejeitado porque, Segundo a Constituição Portuguesa, devem ser gratuitas [as propinas]”, disse.
Esta é também uma “questão fundamental” para a Lista B. À RUM, Bruno Gonçalves, mestrando em Engenharia Mecânica e actual membro da Direcção do Conselho do Conselho Nacional da Juventude, garantiu que a sua lista, caso vença as eleições para o SE, também assumirá uma posição “muito reivindicativa” quanto a este assunto, nomeadamente quanto à flexibilização dos moldes de pagamento. “A flexibilização desse pagamento deve ser feito de forma a abranger mais alunos e de uma forma mais faseada, de forma a permitir um maior alívio financeiro as estudantes”, disse.
Para Nuno Reis, da Lista A, é importante levar ao Senado Académico as questões que afectam o dia-a-dia dos estudantes e criar uma “relação de proximidade” com todos os elementos deste órgão social da academia minhota. “Acreditamos que juntamente com os outros representantes dos estudantes no SE é possível propor alguns momentos de auscultação e de momentos para a partilha de informação directa com a comunidade estudantil de assuntos abordados no SE, como é o caso recente do Regulamento Académico, em que foram propostas algumas sessões de esclarecimento sobre estes temas junto dos alunos”, garantiu.
Também Bruno Gonçalves defende uma política de proximidade entre os vários elementos do Senado Académico e os estudantes porque “[O SE] será sempre um órgão consultivo mas, ainda assim, como qualquer órgão de decisão da Universidade, deve consultar os seus intervenientes. Defendemos sempre uma política de proximidade com os alunos, através dos momentos tradicionais de comunicação com os alunos (como é o caso do e-mail institucional), bem como através de uma auscultação minuciosa dos projectos que os alunos querem desenvolver”, acrescentou.
Uma Universidade “plural”
Para o próximo mandato no Senado Académico, Nuno Reis acredita que os representantes dos estudantes devem também lutar para manter a “pluralidade” da própria UMinho: “seja pela defesa das questões mais democráticas, que envolvem mais diretamente os alunos, ou até mesmo pela tentativa de trazer ao debate as dificuldades pedagógicas que os estudantes têm e, dessa forma, relacionarmo-nos directamente com os diversos representantes das unidades orgânicas representadas no SE”, disse.
Bruno Gonçalves não tem dúvidas de que a sua lista saberá defender os interesses dos alunos e trabalhará para ajudar a universidade a “trilhar o caminho do sucesso”. “Entendemos que, com a nossa pluralidade, conseguimos abranger o maior número de alunos, exprimindo assim os interesses da comunidade estudantil e as suas legítimas aspirações para que a Universidade possa evoluir no caminho certo e que possa trilhar o seu caminho de excelência”.
Novo ano, novo regime institucional
Com a passagem da Universidade do Minho para Fundação Pública com Direito Privado, Nuno Reis, da Lista A, acredita que a nova autonomia da academia minhota vai ser uma mais-valia para o crescimento da instituição. “Acreditamos que a universidade pode ganhar uma nova autonomia institucional, capaz de garantir um modelo de gestão mais flexível que poderá facilitar as condições para o rejuvenescimento do corpo docente”, disse. “É importante garantir que a universidade usa este novo regime fundacional para combater a precariedade laboral”, acrescentou.
Para Bruno Gonçalves é importante explicar de “forma clara” quais os benefícios para os alunos desta passagem da UMinho para Fundação Pública de Direito Privado. Reconhecendo que este é um processo progressivo, convém, de igual modo, explicar a todos os alunos quais as implicações desta alteração de estatuto e quais as alterações que podem, de uma forma ou outra, beneficiá-los. A questão do progresso vem, obviamente, depois do entendimento daquilo que é esta passagem a Fundação, bem como depois da auscultação minuciosa dos alunos da academia, disse.
A tomada de posse dos representantes dos estudantes no Senado Académico da UMinho acontece no próximo dia 5 de dezembro.
