Alojamento para investigadores e artistas nasce em Guimarães

A Câmara de Guimarães vai reabilitar dois edifícios no centro histórico e criar residências para artistas e investigadores. Os alojamentos vão ficar situados na rua da Rainha D. Maria II.
O projecto é antigo – remonta à Capital Europeia da Cultura – mas só agora o município criou as condições para o poder concretizar. Ouvido pela RUM, Domingos Bragança, o edil vimaranense, adiantou que o espaço pretende “alojar temporariamente investigadores da Universidade do Minho e da Universidade das Nações Unidas, mas também agentes ligados à área cultural, sejam artistas que venham ao Centro Cultural Vila Flor ou outros que tenham necessidade de aqui fazer os seus trabalhos durante meses”. O edil frisou que “este é um alojamento temporário que será gerido pela Câmara e suas entidades”.
A casa concretiza um desejo antigo do município: “Fazia parte do projecto da Capital Europeia da Cultura. Tivemos sempre o projecto em carteira e agora, com a necessidade das oficinas de artistas, e com a Universidade a dizer que precisava de alojamento temporário, reunimos as condições para retomar esta requalificação”, explicou Domingos Bragança.
“Esta é uma resposta às actividades de alojamento temporário para aqueles que estão a dar o seu contributo para a ciência e para as artes”, garantiu o presidente do município que assumiu uma intervenção de requalificação “numa zona sensível do centro histórico”, frisou o autarcar.
Município adianta 1,2 milhões de euros para requalificação
Domingos Bragança explicou que o município vai “adiantar a verba” para que a obra avance. “Temos financiamento no enquadramento do PEDU onde captamos quase 18 milhões de euros para reabilitação urbana. Agora adiantamos essa verba”, sublinhou.
Este novo equipamento irá custar cerca de 1,2 milhões de euros, destina-se igualmente à “criação de espaços de interacção com a população local, gerando espaços de estar, de socialização e exposição”, devendo estar concluído no próximo mês de Agosto.
“O projecto contempla a criação de sala de exposições, sala de convívio, sala multimédia, sala de leitura, estabelecimento de bebidas, sala de administração, instalações sanitárias, além de seis apartamentos T0, adequados ao uso por pessoas com mobilidade condicionada, constituídos por uma cozinha kitchenet, quarto, sala, instalações sanitárias e pátio exterior ajardinado voltado para a rua Egas Moniz”, pode ler-se na nota enviada às redacções pelo município vimaranense.
