CMG acusada de falta de transparência na contratação

O PSD de Guimarães acusou a autarquia de falta de transparência na contratação de empresas. Esta sexta-feira, em Assembleia Municipal, o deputado Tiago Laranjeiro acusou a Câmara de contratar, recorrentemente, empresas com relações privilegiadas com responsáveis políticos.
O deputado social-democrata deixou várias questões à autarquia sobre os procedimentos tomados para a contratação pública. “Pode ser considerada transparente a contratação recorrente, por parte da Câmara e régies cooperativas, dos serviços de uma empresa de eventos musicais por largos milhares de euros e sempre por ajustes directos?”. O deputado chegou mesmo a enumerar duas empresas – a Audioveloso Produções e Carlos Veloso – Music & Events – que, alegadamente, receberam da Câmara Municipal e da cooperativa Oficina, nos últimos anos, a “módica quantia” de 276.460 euros, a que se acrece IVA, por ajuste directo.
Tiago Laranjeiro lembra que a Câmara não esta a fazer nada ilegal, mas sim questionável do ponto de vista ético. “Poderá ser considerado transparente que a Câmara, para além da recorrência na contratação e serviços por ajuste directo, subcontratatem, recorrentemente, uma empresa que pertence ao filho do vereador responsável pela contratação?” questionou.
Em resposta, o autarca Domingos Bragança assegurou que a autarquia cumpre todas as regras legais e éticas de contratação. “A Câmara Municipal de Guimarães faz com Concursos Públicos de contratação de pessoal e nao emprega por relações familiares”, garantiu. O autarca deixou ainda o apelo ao deputado Tiago Laranjeiro: “Se tiver algum caso que veja que há impedimento, dê a conhecer à Assembleia e não alimente as redes sociais com inverdades”, criticou.
Domingos Bragança disse mesmo que a Câmara de Guimarães se orgulha de ter uma estrutura especializada e técnica que dá apoio total a contratação pública. “A autarquia consulta sempre três entidades, quando não é submetido a concurso público. Não é o deputado Tiago Laranjeiro que dita as regras legais e éticas à Câmar”, disse.
A sessão da Assembleia Municipal prossegue esta segunda-feira à noite, no Auditório da Universidade do Minho.
