Aldeias em risco de incêndio vão ter oficial de segurança

Ao todo, mais de metade dos concelhos do país – em concreto, 189 concelhos – vão ter um plano de evacuação e um abrigo previamente definido. A operação de retirada e aviso à população será coordenada por um oficial de segurança da aldeia, um cargo voluntário. É a esse oficial, escolhido pela população, que vai andar de casa em casa a alertar para o perigo de fogo e, no pior dos casos, a organizar a evacuação para os abrigos.
Os abrigos devem ser espaços fechados, grandes com tectos altos e localizados em zonas de fácil acesso. Vão estar equipados com um rádio e com fontes autónomas de energia caso existiam cortes de luz.
O secretário de estado da Protecção Civil, José Artur Neves, em entrevista ao Correio da Manhã, explica que as instalações vão proteger as pessoas das chamas e prevê seis mil abrigos em quase 200 concelhos.
Estes locais de refúgio ficam à disposição de qualquer pessoa sejam moradores, turistas ou até bombeiros. Para lá conseguirem chegar, os abrigos devem estar bem sinalizados.
O programa Aldeias Seguras e Pessoas Seguras, apresentados esta segunda-feira pelo governo, prevêem também a distribuição de dez mil kits de sobrevivência, que são mochilas com lanterna, rádio, uma máscara de protecção contra o fumo, um sinalizador de presença e material de primeiros socorros.
A parceria entre a protecção civil, as autarquias e freguesias arranca já este mês, com o Governo a destinar dois milhões de euros para a primeira fase.
O acordo é assinado esta segunda-feira, na aldeia de Vale Florido, no concelho de Ansião. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai estar na cerimónia.
com TSF
