Braga: hipermercado na Rua 25 de Abril já “não tem salvação”

A instalação de uma superfície comercial na Rua 25 de Abril, em Braga, já “não tem salvação possível”. Foi esta uma das conclusões a que chegaram os participantes da discussão pública organizada pelo movimento “Em Defesa da Rua 25 de Abril”. A iniciativa tinha como objectivo discutir duas questões: se há formas de reduzir o impacto negativo gerado pela instalação e quais as formas de compensar o bairro pelos danos provocados.
Num balanço da iniciativa, José Miguel Braga, uma das vozes do movimento, admitiu à RUM que vários participantes apresentaram respostas concretas. Ainda assim, o maior consenso foi quanto à origem do problema. “Houve pessoas que se pronunciaram sobre formas de reduzir o impacto negativo e compensar o bairro, mas houve também uma outra vertente que analisou a situação no geral”, revelou.
Discutiu-se “o problema de fundo que levanta, a questão legal, que tem a ver com um projecto urbanísto de implementação de um pavilhão no Centro Histórico de Braga, que levantou a muitos dos presentes dúvidas, que consideram que não tem sentido e, nesse aspecto, não tem salvação possível”, referiu.
A discussão terá contado com a presença de cerca de 50 pessoas, de acordo com a organização. “Houve dois tipos de questões e opiniões, que não entraram em conflito. Há uma maioria que contesta este projecto sem sentido no Centro Histórico de Braga”, disse José Miguel Braga.
Será divulgado em breve um documento com um relato mais concreto da discussão, com o objectivo de dar um relato “objectivo” e “transparente” de uma reunião que correu “de forma muito viva e democrática”, “com toda a gente a ter direito à palavra”. A reunião “cumpriu o objectivo, nesta frase do processo, de ouvir a opinião dos cidadãos”, concluiu o responsável.
Ainda que, numa primeira fase, o documento chegará à comunicação social, o movimento admite a possibilidade de o fazer chegar à autarquia bracarense. “É uma questão a ponderar. De momento consideramos que é urgente informar”, disse José Miguel Braga.
