“Violência doméstica não é a única preocupação das mulheres”

O Movimento Democrático das Mulheres (MDM) organiza na tarde de 9 de Março uma manifestação nacional em Lisboa que vai muito além de um grito de revolta contra a violência doméstica. O movimento já conta 51 anos de existência e, uma vez mais, no Dia Internacional da Mulher, “um dia de luta, um dia que tem uma história”, servirá também para sensibilizar toda a comunidade e alertar o poder político.
A organização desta manifestação nacional começou há três anos e, no próximo dia 9 de Março, os objectivos continuam a ser os mesmos: “reivindicar” os direitos do sexo feminino em várias áreas da sociedade e “assinalar as conquistas” que têm sido alcançadas ao longo do tempo, explica à RUM Raquel Gallego, Representante do Núcleo de Braga do MDM.
A violência doméstica não é a “única” questão que vai ser levantada nesta luta, mas também os “problemas” que existem no trabalho, reivindicando a igualdade salarial, direito à habitação, serviços públicos, direito à saúde, discriminações, prostituição ou tráfico de mulheres.
“Tem que haver uma mudança, principalmente, no cumprimento da lei”
Uma das principais exigências deste movimento é a “alteração e o melhoramento” das leis de forma a auxiliarem e defenderem as vítimas. “Por outro lado tem de existir um cumprimento dessas leis, tem que haver uma actual implementação e fazer reger as medidas que já existem, de melhorar e de sensibilizar para a própria mudança nesse sentido”, reforça.
Raquel Gallego espera que a adesão crescente dos últimos anos se verifique nesta edição , com mais apoiantes e mais vozes para defender os direitos das mulheres, num país em que a cada dia que passa se assiste à intensificação de casos preocupantes de discriminação e violência contra as mulheres.
Áudio:
Raquel Gallego, Representante do Núcleo de Braga do Movimento Democrático das Mulheres, em declarações à RUM.
