O ano de 2016 em Portugal em balanço
O ano de 2016 começou com a Assembleia da República acordar a reposição dos feriados, terminando com a suspensão destes por causa da “troika”.
Também em Janeiro o país via nascer um novo Presidente da República: Marcelo Rebelo de Sousa. Trouxe para a política as selfies e a “linguagem dos afectos” e uma mudança político-social que se traduziu na abertura legal para que os casais homossexuais possam adoptar.
Também cheio de afectos, e com direito a lágrimas, Paulo Portas deixou a liderança do CDS-PP no congresso de Março e deu lugar a Assunção Cristas. Uma viragem dos “beijinhos das feiras” para política da família.
O ano foi sendo pontuado pela polémica e Mário Centeno, Ministro das Finanças, dava início ao processo Caixa Geral der Depósitos quando em pleno parlamento acusou o anterior governo de Passos Coelho do desvio de 3 mil milhões de euros no plano de negócios da CGD.
Polémica também esteve a relação entre taxistas e as novas plataformas de contratação de transportes. Sucederam-se as manifestações e a violência contra a Uber.
O verão de 2016 chega quente Portugal ardia novamente. A área queimada duplicou em relação a 2015 e na Madeira o fogo deixou muitas famílias sem casa , destruiu hotéis, viaturas e entrou na cidade do Funchal. Morreram três pessoas.
A morte veio também a entrar no exército e o 127º curso de Comandos ficou marcado por golpe fatal para dois jovens militares, Hugo Abreu e Dilan Silva. As autoridades deram início a uma investigação e os cursos de comandos foram suspensos até à conclusão das averiguações.
2016 fica também marcado pela ascendência de um português ao mais alto cargo da diplomacia mundial. António Guterres foi aclamado secretário-geral das Nações Unidas, a 13 de Outubro. Portugal estava nas bocas do mundo e nas bocas do mundo continuou com a realização da Web Summit.
A capacidade de receber dos portugueses ficou patente já no final deste ano de 2016. A Web Summit reuniu em Lisboa mais de 50 mil pessoas e terá tido um impacto económico de 200 milhões de euros.
Por: Nuno Cerqueira
