Moradores continuam a reclamar ringue desportivo na Sé

A Associação de Moradores Poder Viver na Sé continua a reivindicar a construção de um novo ringue junto à Insula das Carvalheiras. O actual, em avançado estado de degradação, vai ser retirado pelo município de Braga.
O ‘finca pé’ deste grupo de moradores dura há várias semanas. Esta segunda-feira alguns representantes surgiram na reunião de câmara onde voltaram a levantar o assunto. Desta vez, com um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas recolhidas no fim-de-semana passado pela defesa de um ringue desportivo naquela zona da cidade.
Paulo Carneiro avisa que são cada vez mais os que defendem a requalificação daquele equipamento desportivo ou a colocação de um novo nas imediações. “Onde está, há terreno envolvente que permite que o ringue seja recolocado mais acima ou mais abaixo”, começou por dizer o vice-presidente daquela associação que diz ser “muito mau retirar por retirar sem dar nada em troca”.
O presidente do município, Ricardo Rio, avisa que não há espaço para um novo ringue e que o actual, em avançado estado de degradação, vai mesmo ser retirado para dar início à musealização na zona envolvente da Insula das Carvalheiras. “Não poderá ser naquele local porque do ponto de vista conceptual, um espaço público de fruição que é o que queremos na envolvente da Insula das Carvalheiras não é compatível com a existência do ringue naquele local”, explicou o autarca. Já sobre a criação de um novo ringue, Rio lembrou que isso exigiria um novo terreno, quando na zona da Sé “não há propriamente muitos terrenos onde se pudesse implantar um equipamento dessa natureza”.
Apesar disso, Ricardo Rio abre porta ao diálogo com a população, com a união de freguesias e com a própria associação, mas não alimenta expectativas. “Se é possível encontrar noutro local um outro espaço para um ringue novo é o que teremos de avaliar, estamos disponíveis para o fazer”, concluiu.
Áudio:
Assunto foi levantado depois da reunião de câmara por associação de moradores. Há abertura para o diálogo, diz Ricardo Rio
