79% dos enfermeiros de Guimarães em greve, diz Sindicato

A adesão à greve dos enfermeiros no Hospital de Guimarães é de quase 80%. Os números foram avançados ao final desta manhã de quinta-feira pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. À porta daquela unidade de saúde, apenas um dirigente sindical e poucos enfermeiros, mas o sindicato assegura que estes profissionais de saúde estão “de parabéns” por aderirem em massa à terceira greve de enfermeiros só neste mês de Junho.

Nélson Pinto, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses aponta para uma adesão de 79%. A contratação de enfermeiros é uma das principais motivações. O Ministro da Saúde disse que ia contratar dois mil profissionais “de várias categorias profissionais, mas dois mil profissionais são o número de enfermeiros necessários só para colmatar a transição das 40 para as 35 horas semanais”, alertou. “Isto é uma ausência de resposta clara às novas reivindicações”, prosseguiu.

O sindicato exige “a atribuição do suplemento remoneratório do enfermeiro especialista” e avisa que há uma “ausência de resposta clara no que respeita às progressões na carreira de enfermagem”. Os enfermeiros desconhecem como irá ser feita essa progressão, denunciou aquele responsável sindical.

Recorde-se que o sindicato reivindica para a unidade de saúde Nossa Senhora da Oliveira, só com a transição para as 35 horas semanais, a contratação de mais 59 enfermeiros.

A nível nacional, apesar de ainda não haver um balanço global da greve dos enfermeiros, o sindicato fala numa adesão elevada. Aponta para números entre 70% e 90% em várias unidades de saúde.

A presidente do SEP, Guadalupe Simões, disse esta manhã que se não forem contratados mais enfermeiros, “pode ser posto em causa o regular funcionamento dos serviços”, em que os enfermeiros já trabalham “sistematicamente mais 40 e 60 horas do que é o seu horário” para compensar a “carência estrutural de profissionais”.