BE quer Ministério Público a investigar Ricon

O Bloco de Esquerda (BE) quer o Ministério Público a investigar a administração da Ricon. Esta manhã dois deputados do BE estiveram ao lado dos trabalhadores da têxtil famalicense.
“Não podemos virar a cara a uma situação que parece cada vez mais evidente. Algumas entidades patronais, em vez de terem em conta as suas responsabilidades económicas e sociais fazem negócios aventureiros e sem qualquer sentido e quem acaba por pagar a factura são sempre os trabalhadores”, começou por defender Pedro Soares, deputado BE eleito por Braga. Na opinião do bloquista “devia haver uma intervenção do Ministério Público para investigar o tipo de gestão que houve e se existem responsabilidades criminais nesta gestão” da empresa Ricon.
Recorde-se que no final de Dezembro os bloquistas já tinham reunido com o Ministério da Economia no sentido de delinear uma estratégia que evitasse o despedimento de mais de seiscentos trabalhadores. Pedro Soares ainda acredita numa solução através da intervenção do Estado. “O Estado pode intervir directamente procurando, por um lado, uma linha de financiamento para a continuação da empresa, e por outro lado procurar encontrar entidades que estejam disponíveis para tomar conta da administração da empresa”, sugeriu.
O BE reitera que não é possível aceitar que “uma empresa com este nível e com esta qualidade seja encerrada”.
Recorde-se que os trabalhadores começaram a receber cartas de despedimento. Hoje foi o primeiro dia da assembleia de credores que amanhã está em risco de ser interrompida face à greve dos funcionários judiciais. Ainda assim, esta terça-feira, o administrador de insolvência admitiu alguma esperança nas negociações que estão a ser encetadas com potencais investidores.
Áudio:
Declarações do deputado bloquista à RUM
