Jerónimo garante que PCP não desiste dos 25 dias de férias

Jerónimo de Sousa abordou, hoje, a intenção da Esquerda de repor os 25 dias de férias, retirados em 2012, ideia que já foi rejeitada pelo Governo. Durante uma visita ao Presépio de Priscos, em Braga, o Secretário Geral do Partido Comunista disse que esta luta se trata “de repor aos trabalhadores portugueses aquilo que lhes foi retirado”. Segundo Jerónimo, o facto de o Governo ter rejeitado esta ideia não abala o compromisso que o PCP tem com o actual Executivo, mas garante que o partido vai continuar a lutar pelos direitos dos trabalhadores, até porque “não há melhor espaço do que a Assembleia da República para que esta proposta consiga vencer”.

“É importante sublinhar que nada impede que a sede legislativa por excelência, que é a Assembleia da República, não esteja dependente de uma posição comum”, referiu o líder do PCP, que acrescentou: “Isto não está, de facto, no programa do governo, mas o nosso primeiro e principal compromisso é com os trabalhadores e com o povo e não com o Governo do PS. Fazemos tudo para que se verifique essa convergência, mas isto não é o fim da linha”.

Durante o percurso pelo Presépio, o comunista revelou ainda estar muito confiante para o próximo ano, e explicou que apesar do caminho de avanços que se vem a sentir com a nova fase política do país, é no combate ao desemprego e à precariedade que o PCP vai assentar as suas prioridades. “Portugal precisa de se desenvolver mais, de produzir mais, de resolver os problemas do desemprego, de resolver os problemas da precariedade. Há muita coisa para fazer e muito caminho para avançar, obviamente neste quadro de relação de forças que existe”, afirmou Jerónimo, que referiu ainda que “o combate à precariedade é a batalha mais importante, na medida em que constitui um flagelo particularmente para as novas gerações”. “Consideramos que há um princípio fundamental que deveria ser cumprido que é um posto de trabalho permanente e um contrato de trabalho efectivo”, defendeu.

SECRETÁRIO GERAL DO PCP ELOGIA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PRESÉPIO DE PRISCOS

No que toca à visita ao maior presépio vivo da Europa, apesar de o líder do PCP não ser católico, este explicou que se trata do respeito ao valor da liberdade religiosa e elogiou a participação popular. “É uma obra interessantíssima de participação popular, tanto na concepção, na construção, como nas visitas. É impressionante o número de pessoas que aqui estão. E naturalmente valorizando muito esta dimensão social, até como processo de integração, designadamente pelo trabalho de alguns presos que vêm aqui contribuir para esta realização”.

Recorde-se que o Secretário Geral do PCP passou, durante a tarde de hoje, pelo Presépio de Priscos.  

Catarina Martins
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