Zona da Central de Camionagem está “abandonada”

O presidente da Junta de Freguesia de S. Vicente lamenta que uma das principais entradas na cidade de Braga pareça votada ao abandono. A Central de Camionagem, uma das principais portas de entrada de turistas e visitantes na cidade dos arcebispos, é um edifício antigo, com parcas condições e sem qualquer intervenção. Jorge Pires, autarca da freguesia que acolhe este edifício acusa os sucessivos executivos camarários de não demonstrarem vontade em resolver o problema.

Em entrevista ao programa Campus Verbal, Jorge Pires diz que quem chega à cidade de autocarro parece que chega a “uma cidade de terceiro mundo, onde passou uma guerra recentemente”.

O autarca diz “nunca” ter visto políticas camarárias viradas para aquele problema, apesar de ser uma das entradas mais importantes da cidade. “Devia ter pelo menos uma entrada bonita, para disfarçar. O que é que se vê ali? Uma coisa abandonada, uma cidade de terceiro mundo onde se rebentaram umas bombas”, descreve.

O autarca de S. Vicente refere que desde o tempo em que Mesquita Machado era presidente que vem pedindo sistematicamente a colocação de passadeiras de acesso à Central de Camionagem, mas “até hoje ainda não se fizeram as passadeiras” com a justificação de um projecto que prevê, há vários anos, a requalificação da Avenida Norton de Matos. Dizem que há um projecto, mas “não sai do papel”, avisa, considerando que “não se vê vontade do município de fazer alguma coisa naquele espaço.

Jorge Pires já não pede uma intervenção profunda, apela a que haja pelo menos “boa vontade” e sugere que os passeios levantados pelas raízes das árvores de grande porte  sejam arranjados e as passadeiras de acesso à estação rodoviária pintadas.

Edifício da Estação Rodoviária “é uma coisa que me aflige”

O edifício da estação deixa o autarca preocupado, uma vez que parece que “ninguém sabe muito bem de quem é que é”. “Aquilo não tem dono, dizem que é da câmara, dizem que é da rodoviária, aquilo não se percebe”, lamenta o autarca que apela a uma requalificação e nunca à deslocalização daquele serviço para outra zona da cidade de Braga.

“Tenho algum receio que às vezes haja a tentação de retirar dali a estação, colocá-la mais longe do centro da cidade e fazer uma nova. Gostaria que isso não acontecesse. Apelava mesmo que houvesse uma requalificação, porque espaço tem, mas pode haver alguém que pense que aquilo pode servir para outras coisas mais lucrativas”, atirou.