Jorge Pires cauteloso com competências nas juntas urbanas

O presidente da Freguesia de S. Vicente, em Braga admite estar reticente com a possibilidade de delegação de competências do município às freguesias urbanas. Em entrevista ao programa Campus Verbal esta terça-feira, Jorge Pires mostra-se menos convicto das vantagens dessa opção que tem vindo a ser reivindicada pelos seus pares nas reuniões mensais com a autarquia.
Nas últimas semanas, em entrevista à RUM, Ricardo Silva (S. Victor) e Luís Pedroso (União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade) não hesitaram a reclamar competências para a manutenção das vias e jardinagem, mas o autarca de S. Vicente alerta para eventuais riscos.
“Não é criticar, é um trabalho muito importante que temos vindo a fazer com reivindicações todos os meses à câmara, mas o meu executivo não está assim tão entusiasmado porque não temos as condições para acharmos que vamos ser bons. Eu não gosto de falhar, nem que faça menos, o que faço gosto de fazer bem”, começa por defender Jorge Pires.
O presidente da junta de freguesia de S. Vicente refere que no caso da jardinagem o que deve acontecer e o que a junta tem de defender é que a Agere faça mais e melhor trabalho. “Se vamos fazer nós eu tenho de me preparar e não sei até que ponto posso dizer à população que vou fazer melhor. E se a câmara falhar com os pagamentos?”, questiona Jorge Pires.
Já sobre a manutenção de vias, área muito criticada pelos autarcas Ricardo Silva e Luís Pedroso, Jorge Pires considera que se trata de uma falha política. “A responsabilidade é política. É um facto que não nos agrada ver algum desmazelo, mas quando me aproximo de um funcionário ele tem um papel com uma ordem para cumprir”, lembra o presidente daquela freguesia do centro urbano.
Áudio:
Presidente da junta de freguesia de S. Vicente sobre a transferência de competências do município para as juntas do centro urbano de Braga
