CMF aposta em gabinete de apoio ao emigrante de 2ª geração

A Câmara Municipal de Famalicão assinou, esta manhã, um protocolo com a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas para a criação do Gabinete de Apoio ao Emigrante de segunda geração. Recorde-se que desde 2009 que a autarquia já conta com um Gabinete de Apoio ao Emigrante. 

A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que realçou a importância deste gabinete para “identificar, apoiar e acompanhar o investimento da diáspora” nas suas terras natais. Para José Luís Carneiro, este será um gabinete essencial para facilitar o “micro e pequeno investimento”.

Na sessão o Secretário de Estado anunciou que a diáspora tem vindo a contribuir de força massiva para a “capitalização do país”. “Remessas financeiras que todos os anos atingem os 3 mil e 800 milhões de euros”, o que significa que nos últimos dez anos os emigrantes têm transferido “35 mil milhões de euros para Portugal”. Outro dos indicadores destacados pelo secretário de Estado, prende-se ao facto das exportações continuarem a crescer, precisamente, nos países que somam uma maior comunidade de emigrantes portugueses.

Recorde-se que em Novembro de 2015, apenas existiam em Portugal 101 Gabinetes de Apoio ao Emigrante. Nos dias de hoje, são já 157 em 153 municípios e quatro freguesias.

Gabinete de Apoio ao Emigrante de segunda geração irá trabalhar em conjunto com a plataforma “Famalicenses pelo Mundo”.

O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, declara que estas novas competências do Gabinete de Apoio ao Emigrante vão permitir  “aos famalicenses que estão no estrangeiro ou no concelho”, beneficiar de mais informação sobre as oportunidades no país quando regressarem. Para além, de ajudar no conhecimento de outros países que podem ser uma opção fiável para quem optar por emigrar. Um gabinete que oferece “mais qualidade, valências e competências”, garante o edil. 

Paulo Cunha não tem dúvidas que os famalicenses estão “comprometidos e mostram grande disponibilidade” em ajudarem a construir “pontes para futuros investimentos” que possam sediar-se na região. O presidente classifica os emigrantes como “verdadeiros embaixadores”, uma vez que conhecem como ninguém as características do concelho.

Quanto ao trabalho em conjunto com a  nova plataforma do município, o “Famalicenses pelo Mundo”, o presidente explica que esta é uma forma de “registar quem são e onde estão os famalicenses” que decidiram emigrar. Uma plataforma que permite, assim, “estreitar laços” com a comunidade.