BE repudia ‘pulseiras electrónicas’ de Ricardo Rio

O Bloco de Esquerda de Braga “repudia” as declarações de Ricardo Rio quanto à colocação de pulseiras electrónicas em alguns funcionários camarários.
A afirmação foi feita pelo Presidente da Câmara de Braga na última reunião do executivo quando o vereador da CDU, Carlos Almeida, questionou o autarca sobre se os torniquetes do edifício do Populum eram uma forma de controlar os funcionários.
Alexandra Vieira, da Comissão Coordenadora Concelhia do BE de Braga diz que o partido “condena” as declarações de Ricardo Rio. “Ficamos apreensivos quando ouvimos uma pessoa com as responsabilidades que tem, a ter declarações deste género, sobretudo dirigidas aos trabalhadores qualificados da própria Câmara Municipal. Não podemos deixar de condenar de forma veemente este tipo de afirmação de colocar pulseiras electrónicas em funcionários que poderão não ser tão pontuais”, explicou.
A deputada municipal compara este sistema a um vivido no século XIX em que os empregadores tratavam os seus funcionários como “escravos” e questiona ainda o edil bracarense se são só os funcionários com um lugar mais baixo na hierarquia os únicos que não são pontuais, se todos os que cumprem os seus horários estão sujeitos a passar pelos torniquetes e se também usariam pulseiras electrónicas.
Alexandra Vieira acredita que a situação “ideal” para Ricardo Rio era “não ter funcionários e contratar serviços externos”. O BE recorda que o autarca bracarense já há muito que “está contra” os funcionários da autarquia, e ficou bem patente na recusa da implementação das 35 horas, ou na culpabilização dos varredores pelo mau estado de limpeza das ruas da cidade.
Áudio:
Alexandra Vieira, da Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda Braga, em declarações à RUM.
