UNorte.pt quer ajuda dos municípos para alojar estudantes

A lotação das residências universitárias no Norte do país está a preocupar as instituições de Ensino Superior que entretanto começaram a preparar uma estratégia que responda a este fenómeno. Sem financiamento para a construção de mais residências universitárias, a solução a curto e médio prazo terá de passar por parcerias com autarquias e privados.
Na Universidade do Minho “de há uns meses a esta parte as residências estão ocupadas a 100%”. A confirmação foi deixada à RUM pelo Administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho. Em entrevista ao programa Campus Verbal, António Paisana assumiu que a instituição não conseguirá resolver sozinha este problema. “Também não é só um problema da Universidade do Minho. O Porto está com dificuldades, o turismo veio ocupar muito do espaço de alojamento e também em Braga”, adiantou.
O CRUP estará a estudar linhas de financiamento, mas, “enquanto isso não acontece”, num dos projectos do consórcio UNorte.pt foi consensual incluir na candidatura “uma iniciativa que passa por desenvolver um estudo para análise da viabilidade para o aumento do número de camas através das autarquias e também com os privados”. O objectivo é “aumentar o número de camas no curto e médio prazo”, indicou.
Segundo os números divulgados, 21% dos estudantes instalados nas residências universitárias de Braga e Guimarães são Erasmus ou estudantes internacinais.
O objectivo dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho passa por abordar “nos próximos tempos” as autarquias de Braga e Guimarães para encontrar uma solução para este problema. Reconhecendo que com estas possíveis parcerias os estudantes poderiam instalar-se em zonas mais afastadas dos campi de Gualtar e de Azurém. António Paisana explicou que para isso aconteceu “há um conjunto de serviços”, com destaque para a mobilidade, em que “os municípios poderão ajudar para um aumento efectivo do aumento do número de camas e alojamento”.
António Piasana deu ainda nota de que os Serviços de Acção Social poderão também vir a “certificar a qualidade do alojamento privado”.
