Penhora das contas da CM Braga é o momento do ano para Carlos Almeida

O congelamento das contas da Câmara Municipal de Braga marcou 2019, de acordo com Carlos Almeida. Na hora de fazer um balanço do ano, o vereador da CDU lembra a penhora resultante do derrape no valor gasto na construção do Estádio Municipal.

A pedido do consórcio ASSOC de Braga e da empresa Soares da Costa, por dívidas a rondar os quatro milhões de euros, as contas bancárias da autarquia foram penhoradas no início do Fevereiro. O descongelamento aconteceu duas semanas depois, após o pagamento do valor em falta. 


Para o comunista, este acontecimento é o “resultado de uma gestão financeira muito negativa, desastrosa mesmo, que levou a uma situação verdadeiramente inaceitável”. Além disso, Carlos Almeida destaca que “o cenário de dívida a curto-prazo tem aumento consideravelmente, comparando com anos anteriores”, referindo-se a um crescimento do valor de 20 milhões de euros. 


“O grande atraso em projectos estruturantes, ao nível das infraestruturas”, são outros dos aspectos negativos do ano, segundo o vereador da CDU. Carlos Almeida dá os exemplos do mercado municipal, do São Geraldo e dos bairros sociais das Enguardas, de Santa Tecla e do Monte Picoto.



Carlos Almeida elogia papel do município na área da Cultura

Olhando para o capítulo dos aspectos positivos, que considera que foram “bem menos do que os positivos”, o vereador sem pelouro destaca o investimento na cultura, no âmbito da candidatura do município a Cidade Europeia da Cultura em 2027.

“Independentemente do seu resultado, está a contribuir de alguma forma para o incremento e desenvolvimento do município. É um aspecto que me parece bastante importante pelo que significa na oferta cultural e na estruturação de uma estratégia para esta área”, explica.

Carlos Almeida refere que foi dado “um passo de gigante comparando com aquela que era a política cultural” na cidade, que no seu entender, “era bastante insuficiente”, acrescentado que há agora “concretizações interessantes que vão muito além daquela que era a dinâmica apenas do Theatro Circo”. 

Verador da CDU espera mudanças no município ao nível da mobilidade


Para 2020, o vereador comunista perspectiva que a área da mobilidade vai ser o principal desafio. Carlos Almeida considera necessário “alterar o desenho urbano da cidade, promovendo políticas de mobilidade que invertam aquelas que são as actuais prioridades”.

De acordo com o verador sem pelouro, “não é normal a situação que Braga chegou a nível da mobilidade, afirmando que “não basta falar de vontade”, mas sim “concretizar projectos”. “O automóvel não pode ter a primazia que tem tido até aqui. É preciso dar espaço aos cidadãos, aos peões, é preciso dar espaço a outros meios de locomução e é preciso, acima de tudo, um reforço muito considerável nos transportes públicos”, refere.


Outra das questões que Carlos Almeida gostava de ver resolvida é a da Fábrica Confiança. O vereador da CDU espera “um fim diferente daquele que o presidente da Câmara tem vindo a vaticinar”, ou seja, que “a antiga saboria se possa manter na esfera pública do município e possa ser um verdadeiro exemplar do partimónio industrial bracarense, bem cuidado e protegido”.

Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

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