“A escola é o primeiro sítio para se falar da violência doméstica”

Palmira Maciel, deputada do Partido Socialista eleita por Braga, marcou presença esta tarde na Escola Básica de Mosteiro e Cávado, na freguesia de Panóias, em Braga, a propósito de uma sessão do Parlamento dos Jovens.

A cada ano, a iniciativa, desenvolvida pelo Governo, solicita aos deputados dos vários partidos a visita às escolas básicas e secundárias do país para o debate e consciencialização de questões prementes da sociedade actual. Este ano, o tema em análise é  “Violência doméstica e no Namoro – da sensibilização à acção/como garantir o respeito e a igualdade”. 


Numa primeira fase, os jovens são confrontados pelo tema, sendo depois desafiados a apresentarem projectos de recomendação sobre o tema. Esta tarde, a deputada Palmira Maciel deslocou-se a Panóias e falou da violência doméstica diante de uma plateia de 50 estudantes do 9º ano. Entre dúvidas e esclarecimentos, a socialista mostrou que é preciso fazer mais no combate à violência doméstica e afirmou mais tarde, à RUM, que “as escolas são o melhor sítio para se discutirem estes temas”.

As escolas, referiu a deputada, são o primeiro veículo para as crianças levarem o assunto para casa e, depois, para as juntas de freguesia e câmaras municipais. “Todas esses organismos são portas para a entrada destes problemas. Nas escolas, desafio os alunos a denunciarem situações erradas e digo que o silêncio é o principal inimigo da violência doméstica”.


Na sua apresentação aos alunos, Palmira Maciel apontou o grupo Mulheres de Braga – que entregou recentemente uma petição na Assembleia da República no combate à violência doméstica – como um bom exemplo de cidadania e reconheceu que “a legislação existente tem de ser melhorada”, acrescentando que “o Governo está empenhado em resolver parte dos casos de violência doméstica sem atingir o limite porque o limite, na realidade, é muito mau”.

Palmira Maciel vai percorrer mais escolas do distrito para falar sobre violência doméstica. Sobre esse ou outros assuntos, a deputada considera que o contacto de políticos com jovens é uma boa forma de promover a participação cívica. “Faço sempre questão de dizer, nas minhas apresentações, que tudo no país depende do número de votos que entrou nas urnas. Estas sessões também servem para eles conhecerem quem os representa e para mostrar que o trabalho dos deputados não é feito em vão”. 

A primeira fase do programa Parlamento Jovens decorre até dia 29 de janeiro, período em que os jovens elaboram o projeto de recomendação sobre o tema e elegem os seus representantes para as sessões distritais/regionais, na segunda fase, que se realizam em março de 2020. Finalmente, numa terceira fase, a Assembleia da República acolhe as sessões nacionais, para o Ensino Básico nos dias 4 e 5 de maio, e para o Ensino Secundário nos dias 25 e 26 de maio de 2020.

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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