A meio de 2016 Guimarães já tinha esgotado recursos

Guimarães esgotou no dia 13 de Junho os recursos naturais renováveis no ano de 2016, o que significa que usou meios que só deveria utilizar a partir de 1 de Janeiro de 2017, segundo os resultados do projecto “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses”. Este projecto foi apresentado na tarde de ontem, no Laboratório da Paisagem.

A associação ambientalista ZERO,responsável pelo estudo, refere que a alimentação e a mobilidade na cidade de Guimarães representa a maior componente da Pegada Ecológica dos residentes vimaranenses. Sara Moreno Pires, Professora da Universidade de Aveiro destacou que a alimentação  tem um peso de 29%,seguida dos transportes, com 21%.  Sendo que o consumo de carne (28%) e de peixe (26%)  está no topo desta hierarquia.

Os dados utilizados são de 2016 e revelam que a Pegada Ecológica de Guimarães correspondeu a 3,66 hectares globais por habitante, sendo 7% abaixo da média nacional e igual à região do Ave. Quanto à Biocapacidade do município, é de 0,19 hectares globais por habitante. De salientar que dos seis municípios em análise, Guimarães registou o segundo indicador mais positivo, ficando apenas atrás de Lagoa.

A docente mencionou que a criação de uma ciclovia “tem impacto” na Pegada Ecológica, mas só se verificam esses efeitos dois ou três anos depois da sua construção devido ao desuso de carro particular por parte dos cidadãos. 

“Até Março de 2019 iremos instalar, no website do Município, uma calculadora online que vai ser calibrada com os dados referentes da cidade. Pela primeira vez vamos ter os dados a serem calculados comparativamente com a pegada da cidade de Guimarães”, realçou a docente Sara Moreno Pires.