A segunda vida da Muralha

A Muralha, associação de Guimarães para a defesa do património, inaugurou esta tarde a exposição “Das Casas, Lugares e Tradições” na sala da Duquesa no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. A exposição inclui 50 fotografias da autoria de Miguel Oliveira e retrata três marcos na história de Guimarães: a festa das cruzes em Serzedelo, a Fábrica do Castanheiro e a Casa do Costeado.

A inauguração, além de ir ao encontro dos desígnios da associação, ao permitir imageticamente o reforço da preservação do património local, representa uma segunda vida da Colecção de Fotografia da Muralha (CFM). Isto porque o acervo actual é composto por seis mil imagens da primeira metade do séc. XX, adquiridas nos anos 80 do século passado. Desta forma, e como explica o presidente da Muralha Rui Vítor Costa, a nova exposição “Das Casas, Lugares, Tradições”, “acaba por dar continuidade a um acervo poderosíssimo”. 

“Decidimos dar este passo no presente e que, esperemos, abarque o futuro”. A colecção actual, revela, “é muito solicitada por académicos e outras exposições” e, por isso, a ideia passa “por deixá-la para essas situações e avançar para algo importante”. “Admitimos que é um passo arriscado mas o Miguel Oliveira, que é o fotógrafo, é pessoa ideal”.

Miguel Oliveira que fotografou a tradição da Festa das Cruzes em Serzedelo, o lugar da Fábrica do Castanheiro e a Casa do Costeado. “A Festa das Cruzes é extraordinária, não tanto pelo seu colorido – que salta aos olhos de quem a visita -, mas sobretudo pelo sentimento comunitário que a mesma encerra; no caso da Fábrica do Castanheiro, é uma empresa que atravessa os três últimos séculos (encerrou neste), e dá-nos uma imagem daquilo que importa olhar enquanto comunidade; e ainda a Casa do Costeado, que é uma casa que todos os vimaranenses conhecem por fora mas não por dentro”.

O responsável garante que se trata de “uma exposição artística que pretende apelar às pessoas para a necessidade de se conhecer o património”.

“Das Casas, Lugares e Tradições” vai estar patente no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, até 16 de Setembro e a entrada é gratuita. No futuro, garante Rui Vítor Costa, “é possível que parte da exposição, pela riqueza das imagens, venha a estar patente noutro local”.

Pedro Magalhães
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