“A transferência das verbas reduz as nossas preocupações”
O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, negou, esta segunda-feira, “qualquer nervosismo” entre os reitores das universidades portuguesas, no que diz respeito à compensação devida pela redução do valor das propinas. Recorde-se que no próximo ano lectivo as propinas vão diminuir em 200 euros por aluno.
O reitor da Universidade do Minho já reagiu. “Não gostaria de usar a palavra nervosismo, mas havia alguma preocupação com a satisfação desse compromisso”, afirmou Rui Vieira de Castro.
Em declarações à RUM, o responsável máximo da academia minhota confirmou que, esta segunda-feira, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) foi notificado do despacho do Secretário de Estado do Orçamento, “em que ficava claro que se iria proceder, muito rapidamente, a uma transferência para as instituições, na ordem dos 5 milhões de euros”. “A transferência reduz as nossas preocupações”, acrescentou.
O reitor não esconde que “preocuparia uma situação em que essa transferência fosse diferida muito para o final do ano”. O valor de compensação até ao final de 2019 deve rondar os 10 milhões de euros. A primeira transferência deverá acontecer já em Setembro, a segunda tranche, informou o ministro, está prevista para Novembro. “Ficamos agradados, porque é uma situação que se resolve e ficamos na expectativa de que a segunda tranche possa ser também transferida para as instituições oportunamente”, comentou Vieira de Castro.
“Universidades estão habituadas a uma gestão em sobressalto”
O reitor da academia minhota não nega que, “infelizmente, as universidades estão habituadas a uma gestão em sobressalto, porque se neste caso o Estado se prepara para cumprir com o seu compromisso, outras situações houve em que isso não foi tão evidente”. “Se a isso juntarmos aquilo que é uma evidência para toda a gente dentro do sistema, que é o subfinanciamento das instituições, pois naturalmente que a nossa gestão é feita, usando a expressão, sempre em sobressalto”, justificou.
