AAUM é “indispensável para a vida da universidade e região”

“Obrigada a todos os que vão construindo este projecto. Parabéns por acreditarem que é possível mudar o mundo a partir de nos próprios e daquilo que fazemos pelos outros. Parabéns AAUM”.

Nuno Reis, actual presidente da AAUM, começou por agradecer, na sessão solene desta quarta-feira, aos nomes que ao longo de 41 anos foram cumprindo a missão de representar os estudantes minhotos.

Em dia de aniversário, falou-se de passado e de futuro de uma Associação que mantém o objectivo para o qual foi criada, adaptado às gerações e diferentes realidades.

Os desafios são diferentes, mas as conquistas do passado não foram esquecidas.

“Hoje, não é possível pensar na UMinho sem a AAUM”, apontou o presidente da AAUM.

E, falando de futuro, as palavras de Nuno Reis foram claras: “A Associação do futuro será fiel aos seus principais desígnios ao longo destes anos, da representação, defesa dos e dos interesses dos estudantes, na medida em que o tempo que se vive na academia é de constante transformação”.

“A associação tem sido fundamental e, no futuro, deve tentar inovar, produzir actividade e conhecimento de forma diferente e fazer com que a representação que faz se alastre à academia e todos possam ser embaixadores fiéis da sua missão”, acrescentou.

Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, elogiou “aquilo que tem sido prática da associação académica de envolvimento activo em vários órgãos e estruturas da universidade”, mas alertou “para que essa intervenção possa ser generalizada à comunidade estudantil”.

“A AAUM merece o reconhecimento da universidade pela natureza da actividade quem vem desenvolvendo em variadíssimas esferas, no desporto, cultura ou actividade de natureza social. A minha expectatticva é que esse exemplo que vai dando seja generalizado à comunidade”, acrescentou o reitor.

Ainda sobre o futuro, Nuno Reis deixou a certeza de que podemos contar com “uma Associação Académica da Universidade do Minho fiel à missão com que surgiu”.  “Continuaremos a construir um caminho de futuro, com todos aqueles que em nós veem aquilo que somos: a Associação Académica da melhor academia do pais”. 

As comemorações do aniversário começaram com uma tertúlia 2share, com três alumni, a falarem de empreendedorismo.

Alexandre Mendes, ex-aluno do mestrado integrado em Psicologia e diretor executivo da StartUp Braga, Isabel Oliveira, ex-aluna do mestrado em Educação e Desenvolvimento Curricular e diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional de Braga, e Ana Rita Ribeiro, ex-aluna da licenciatura em Administração Pública e ex-dirigente da AAUM e do seu Liftoff – Gabinete do Empreendedor, foram os convidados do painel.

À noite, Samuel Úria protagonizou um concerto, com casa cheia, no salão medieval do Largo do Paço.

Nuno Reis não quis que o dia de aniversário fosse apenas “institucional”. “Quisemos mostrar o que fazemos, provando que temos um impacto na discussão através da tertúlia 2Share e através de momentos culturais com o concerto”.

Álvaro Laborinho Lúcio considera “um gesto de grande generosidade” a homenagem da AAUM

O dia de aniversário foi também o momento oportuno encontrado pela AAUM para distinguir “uma pessoa que tem um coração enorme para as questões humanísticas e que o complementa com um pensamento critico, estruturado e que conseguiu marcar os lugares por onde passou desde o Governo, à Universidade ou Conselho Geral (CG)”. As palavras de Nuno eram dirigidas a Álvaro Laborinho Lúcio, antigo presidente do Conselho Geral da UMinho, considerado “um mestre da criação de consensos, das palavras e do pensamento”.

Assim, a AAUM decidiu homenagear Laborinho Lúcio como sócio honorário da AAUM.

O homenageado considerou este “um gesto de grande generosidade”, que repercute “aos restantes membros do CG”, enquanto foi presidente.

“Creio que é muito pela acção que desenvolvi como presidente que leva a AAUM a nomear-me como sócio honorário. Foi um trabalho muito importante do órgão”, ressalvou.

“Reconfortado com a decisão”, Álvaro Laborinho Lúcio considera que esta distinção “permite que o próprio CG seja um órgão prestigiado aos olhos da Associação”.

O antigo presidente do Conselho Geral, diz acreditar “nos jovens” e ressalva “o papel fundamental da Associação” ao longo dos anos.

“Há um conjunto vastíssimo de intervenção da associação que faz com que ela seja indispensável para a vida da universidade, da cidade e da região”, acrescentou.

No que diz respeito ao futuro, o agora sócio honorário espera “o retorno ao pensamento”, manifestando o desejo de “recriar a ideia de que somos nós os senhores do nosso próprio destino e, por isso, temos que reivindicar o poder de reflexão, acção e modificação para que o futuro seja uma construcção nossa e não um espaço à frente, moldado à espera que lá cheguemos”.