Abstenção com taxa recorde de 51,43% nas Legislativas

Os votos dos emigrantes elegeram dois deputados do PS e mais dois do PSD. Pela primeira vez em 20 anos, os socialistas elegem um deputado no círculo eleitoral de fora da Europa.
Quando estão atribuídos todos os mandatos, incluindo os quatro dos círculos eleitorais da Europa e de Fora da Europa, o PS venceu as eleições legislativas com 36,34% dos votos e 107 deputados eleitos.
De acordo com os resultados finais, o PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,76% dos votos e 78 deputados.
A abstenção final das eleições legislativas ficou nos 51,43%, um valor recorde.
Terminada a atribuição dos mandatos vamos a contas: além dos 107 deputados do PS, e dos 78 do PSD,
elegeram ainda 19 deputados para a Assembleia da República BE, a CDU 12 deputados; o CDS-PP 5 deputados; PAN 4 deputados; Chega, Iniciativa Liberal e Livre 1 deputado.
No que ao voto dos emigrantes diz respeito, pelo PS, que recebeu 26,24% dos votos, foram eleitos Augusto Santos Silva, que deverá ser substituído por Paulo Porto Fernandes, quando Santos Silva assumir o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, pelo círculo eleitoral de fora da Europa, e Paulo Pisco, pelo círculo eleitoral europeu.
Já pelo PSD, que contou com 23,42% da votação, foram eleitos José Cesário, pelo círculo eleitoral de fora da Europa, e Carlos Gonçalves, pelo círculo europeu.
No entanto, se olharmos apenas para os votos dos emigrantes que vivem fora da Europa, houve uma vitória clara do PSD (que teve mais de 6 mil votos de vantagem em relação ao PS – 33,39% contra 20,19%).
Quanto aos restantes partidos, na votação geral no estrangeiro, o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) ficou com 4,84% dos votos; o Bloco de Esquerda (BE) com 4,75%; o CDS – Partido Popular (CDS-PP) com 3,36% e a Coligação Democrática Unitária (CDU/PCP-PEV) com 2,04%.
Em relação aos pequenos partidos, foi o Partido Democrático Republicano (PDR) quem recebeu mais votos, com 1,61%. A Iniciativa Liberal (IL) teve 1,35%; o PNR (Partido Nacional Renovador) ficou com 1,17%; o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP-MRPP) com 0,97%; o Livre com 0,96%; o Chega com 0,87%; o Partido da Terra (MPT) com 0,84%; o Aliança com 0,74%; o Nós, Cidadãos com 0,74%; o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) com 0,67%; o Partido Trabalhista Português (PTP) com 0,51%; o Reagir – Incluir – Reciclar (RIR) com 0,46%; o Juntos pelo Povo (JPP) com 0,38%; o Partido Popular Monárquico (PPM) com 0,35% e o Movimento Alternativa Socialista (MAS) com 0,11%.
Mas o destaque vai mesmo para a elevada percentagem de votos considerados nulos (22,33%). Dos 158.252 votos recebidos de portugueses que residem no estrangeiro, 35.331 não foram considerados válidos – a maioria dos quais, devido à falta do documento de identificação do eleitor.
