Abstenção manteve-se nos 84%

A abstenção voltou a ser a grande vencedora da noite eleitoral para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho. De 16.995 estudantes aptos a votar apenas 2700 se deslocaram às urnas.
Embora mais estudantes tivessem votado este ano, a percentagem de abstenção manteve-se nos 84%.
Apesar do número se manter elevado, Luís Nuno Silva, presidente da Comissão Eleitoral, destaca o facto de este ter sido o acto eleitoral com “o maior número de votantes das últimas duas eleições”. “Tínhamos uma eleição que tinha tudo para resultar num crescimento da abstenção, desde logo por haver apenas uma lista candidata à direcção e pelo facto de terem criado a expectativa em relaçao ao voto electrónico que acabou por não se confirmar, e termos crescido em número de votantes é reflexo de uma campanha esclarecedora e informadora. Nesse sentido, acho que é um resultado positivo”, afirmou.
Apesar de “não estar certo se isso resultará ou não num decréscimo da abstenção”, Luís Nuno Silva considera ser “interessante estudar-se a viabilidade do e-VotUM”, porque “permite a um leque de estudantes impossibilitados de votar que exerçam o seu direito de voto”. “São números muito elevaos e alguma coisa é preciso para fazer para ver se é possivel reduzir esta abstenção”, apontou.
O presidente eleito, Rui Oliveira, destacou o facto de mesmo havendo apenas uma lista na corrida à direcção da AAUM a taxa de abstenção se ter mantido inalterada em relação a 2018. “É importante levarmos mais estudantes às urnas. É de assinalar, ainda por cima quando é uma lista única, sendo mais difícil a divulgação, manter os mesmos resultados. É satisfatório”, finalizou.
Nos últimos anos, 2011 atingiu o máximo histórico com 89%, em 2016, com três candidatos na corrida à direcção, a abstenção ficou-se pelos 74%. Este ano, à semelhança do que aconteceu em 2018, voltou a fixar-se nos 84%.
