Academia da História debate em Braga “viagens” que ligam Portugal ao Brasil

Braga foi a cidade escolhida para acolher o 14.º colóquio luso-brasileiro “Raízes Medievais do Brasil Moderno”.

O evento arrancou esta segunda-feira, no Largo do Paço, e prolonga-se até quarta-feira, passando pelo auditório S. Marcos e por Monção.

A Universidade do Minho, através da sua Unidade Cultural Casa Museu de Monção, em parceria com o Laboratório de Paisagens, Património e Território – Lab2PT e a Santa Casa da Misericórdia de Braga juntam-se à Academia Portuguesa da História para, este ano, aprofuntar o tema “Viagem”.

“Dentro da temática, as pessoas abordam diferentes aspectos desde que estejam relacionados com alguma viagem feita por algum personagem histórico. Preferencialmente, as deslocações de portugueses e brasileiros ao serviço dos mais variados interesses”, explicou a presidente da Academia Portuguesa da História, Manuela Mendonça.

O evento começou, há 14 anos, da “ideia de ajudar os colegas brasileiros a iniciar os estudos da história medieval”. “No fundo, fomentar a ideia de que muitos dos quadros medievais vividos em Portugal foram transferidos para as terras descobertas, nomeadamente o Brasil. Para se compreender a mentaldiade do português que foi para o Brasil, o colonizador, é importante conhecer aquilo que eles viviam aqui. Escolhemos todos os anos um tema diferente sempre no sentido de aprofundar a história medieval moderna de Portugal e Brasil”, acrescentou.

O colóquio realiza-se alternadamente entre Portugal e Brasil. Braga acolhe pela primeira vez o evento. Manuela Mendoça justifica a escolha: “Primeiro porque temos académicos activos em Braga e pensamos que seriam bons parceiros, por outro lado porque Braga é Braga. Pensamos que a cidade dos arcebispos era um sítio óptimo para vir buscar alguma informação, até local, sobre estas temáticas”.

Para a vice-reitora para a Cultura e Sociedade da Universidade do Minho, Manuela Martins, a academia minhota deve “congratular-se pelo facto de os organizadores terem decidido trazer a Braga esta sessão”. “É interessante este movimento de pessoas, sobretudo pela larga participação de professores brasileiros de várias universidades, e regozija-nos dar protagonismo à história na nossa universidade. É sempre uma troca de conhecimentos que beneficia, particularmente, os historiadores que trabalham nas relações e história de Portugal e Brasil”, justificou.

O 14.º Colóquio “Raízes Medievais do Brasil Moderno. A viagem” prolonga-se até quarta-feira.

Esta terça-feira, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, receberá o título de Académico Honorário da Academia Portuguesa da História. Na quarta-feira, o dia será de visita a Monção.

Para esta segunda-feira estão reservadas vários paineis alusivos a diferentes temas das viagens que ligam Portugal ao Brasil, entre eles “Ibirapitanga: da Mata Atlântica para as cortes europeias”, “O conhecimento do Amazonas na Histoire Générale des Voyages”, “ ‘Se me vossa mercê mandar licença pera ir já me embarcara’. Da Madeira para o Brasil: viagem, amor e casamento no século XVI”, “Viajar para casar: em torno da união de Leonor de Portugal com Frederico III, imperador da Alemanha” ou “Infantas em trânsito: As viagens das mulheres das casas reais ao encontro dos seus maridos”. À tarde está programada uma visita guiada à Biblioteca Pública de Braga e o lançamento dos livros “Cuidar do Corpo e do Espírito. Entre o Velho e os Novos Mundos (XIII-XVIII)” e “XII Colóquio Luso-Brasileiro «Raízes Medievais do Brasil Moderno». Guerra e Diplomacia”.

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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