ACB diz que falta de qualificados na restauração pode afectar turismo

Rui Marques, director-geral da Associação Comercial de Braga (ACB), diz que há falta de trabalhadores qualificados na restauração em Braga.
A associação que representa as empresas bracarenses vai abrir um curso, no final deste mês, na área da restauração, destinado a 43 formandos até aos 25 anos de idade. O objectivo passa por responder à carência de mão-de-obra qualificada no sector, nomeadamente à falta de “cozinheiros e empregados de mesa”, desvendou Rui Marques em declarações à RUM.
A ausência de qualificação na área pode colocar em causa o sector do turismo, “um dos baluartes da economia local”. “Braga tem a legítima pretensão de ser um destino de referência ao nível nacional e até ibérico e é muito importante que os trabalhadores da restauração tenham o domínio, por exemplo, de línguas estrangeiras ou de técnicas de atendimento, para que este destino possa continuar na senda do crescimento”, alertou.
A área, lembrou Rui Marques, “é hoje altamente competitiva e concorrencial” e já não basta aos profissionais da restauração “aprender no trabalho”: “já não é suficiente, as empresas clamam por pessoas qualificadas, o mundo evoluiu tremendamente”, advertiu.
Quem sai das formações da ACB garante emprego imediato
Não é a primeira vez que a ACB abre um curso na área da restauração. No passado, a associação comercial também formou e assegura que quem sai das formações garante emprego de imediato.
“A taxa de empregabilidade é total, todos os jovens que formamos são de imediato absorvidos pelo mercado de trabalho”, assegurou Rui Marques, apontando a aposta ganha na componente teórico-prática das formações que têm a duração de dois anos e meio.
Se há emprego para quem frequenta os cursos, por que razão a ACB não abre mais cursos?
“Há falta de alunos disponíveis para frequentar estes cursos profissionais. Há falta de conhecimento da sociedade em geral por este tipo de formações que são, naturalmente, alternativas aos das escolas profissionais e ao ensino convencional do ministério da educação”, respondeu Rui Marques, antes de esclarecer que outro dos entraves é a obrigatoriedade de as formações serem feitas em estreita colaboração entre o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e a ACB.
